A sensação foi “um misto de alegria e alívio”: “Pela reação da família Paiva, por Nanda e toda a equipe que havia feito o filme, e por sentir que uma história tão brasileira, tão nossa, também ecoava em outras culturas”, contou Walter Salles a VEJA RIO, ao reviver o que sentiu após a primeira exibição ao público de Ainda Estou Aqui, no Festival de Veneza, em setembro, quando foi aplaudido por dez minutos.
Com uma sessão especial no Festival do Rio em 21 de outubro e estreia nacional agendada para 7 de novembro, o filme, que ganhou o título de melhor roteiro em Veneza e deu à protagonista, Fernanda Torres, o prêmio de melhor atriz em filme internacional no Critics’ Choice Awards, marca a volta do premiado cineasta carioca após um hiato de doze anos sem filmar. Mais que isso.
Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, que narra a história trágica da família do escritor, e sobretudo a luta de sua mãe, Eunice Paiva, por justiça e reconhecimento do assassinato do marido, o longa-metragem, ambientado no Rio dos anos 1970, sob a incômoda presença da ditadura militar, pode levar o Brasil novamente ao Oscar: ele é o nosso indicado para concorrer a uma vaga entre os finalistas de melhor filme internacional. A torcida é grande.
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Fernanda Thedim
Editora-chefe