Onde o Rio encontra a Europa
Na quarta (9) é comemorado o Dia da Europa. Para celebrar, listamos locais do Rio que vão fazer você se sentir no Velho Continente
Capital do Brasil entre 1763 e 1960, o Rio recebeu por quase 200 anos levas de imigrantes europeus em busca de oportunidades. De Portugal à Espanha, passando pela distante Rússia e a França, os novos moradores enriqueceram a vida cultural dos cariocas e ajudaram a construir a metrópole cosmopolita dos dias atuais. A Babel de costumes se reflete também na arquitetura, com construções dos mais diversos estilos que se espalham do Centro à Zona Sul. Nesta quarta, 9, em que é comemorado o Dia da Europa, listamos pedaços do Velho Continente incrustados no Rio.
1- Rua do Mercado. Sobrados de dois andares dominam a paisagem da região, construídos à imagem e semelhança das casas de Lisboa, Portugal. Patrimônio carioca, serviram de lar para comerciantes, políticos e nobres nos tempos em que a cidade concentrava o poder colonial. Ganharam ainda mais imponência após as reformas feitas na região em 1808, quando o Rio acolheu a corte e tornou-se capital do império português.
2- Praça Paris. Desenhada em 1926 pelo arquiteto e urbanista Alfredo Agache, tem arbustos cuidadosamente podados. Sobre um aterro feito na Baía de Guanabara, foi feito cuidadoso paisagismo para reproduzir em terras tropicais a sofisticação da capital francesa, mais badalada metrópole nos primeiros anos do século XX.
3- Ilha Fiscal. Da França também veio a inspiração para esta joia, projetada pelo engenheiro Adolpho Del Vecchio. Gótica, a fachada reproduz as construções medievais da região francesa de Provence e utiliza as resistentes rochas do tipo gnaisse, retiradas da montanha onde hoje fica o Rio Sul. Inaugurada com pompa pelo imperador D. Pedro II, pode ser visitada diariamente. Confira dez motivos que fazem da ilha uma atração imperdível. Onde: Centro Cultural da Marinha: Avenida Alfred Agache, s/nº, Praça XV. Passeio de escuna para a Ilha Fiscal: de quinta a domingo – 12h30, 14h e 15h30. Como a procura é grande, recomenda-se agendar antes pelos telefones 2104-6721 ou 2104-6992. R$ 10,00.
4- Palácio de Manguinhos. Construído entre os anos de 1904 e 1918 para abrigar pesquisadores e médicos, o castelinho se destaca na Avenida Brasil com seu estilo mouro. Afrescos e ornamentos levam o visitante à Espanha medieval, quando o país teve parte do território ocupado por árabes. Além do palacete, há exposições e peças teatrais na fundação. Saiba aqui como visitar.
5- Paróquia de Santa Zenaide. Inaugurada em 1934, é obra dos imigrantes russos que fugiram da revolução comunista de 1917. Pequena, trata-se de uma cópia fiel dos templos ortodoxos europeus e comporta cerca de 50 pessoas. Como de costume na religião eslava, o padre reza de costas para o público e o ambiente fica tomado por forte cheiro de incenso durante as missas. Onde: Rua Monte Alegre 210, Santa Teresa, tel. 2252-1471.
6- Centro Cultural Banco do Brasil. Imponente, o prédio abriga o espaço cultural mais visitado da cidade. Poucos cariocas sabem, mas a cúpula do prédio foi feita para imitar as estruturas instaladas em edifícios comerciais parisienses, entre eles a luxuosa Galerias Lafayette. Onde: Rua Primeiro de Março, 66, Centro, tel. 3808-2020.
7- Chafariz da Praça Mahatma Gandhi. Se no início do século XX o Rio aspirava ser tão belo quanto a capital francesa, até mesmo as fontes deveriam ser importadas. O exemplar em exibição na praça do Centro foi feito pela Fundição Val d’Osne, empresa responsável por diversos monumentos parisienses.
8- Catedral Presbiteriana. Fundada pelo reverendo americano Latimer Blackford em 1874, o templo incorporou o estilo gótico típico da Alemanha, com torres imponentes e vitrais internos. Durante a noite, sua imponência é realçada com uma iluminação especial. Faça um tour virtual pelo interior da igreja e conheça os templos religiosos mais bonitos do Rio. Onde: Rua Silva Jardim, 23, tel. 2262-2330.
9- Bar Lagoa. Da cozinha saem delícias alemãs como o kassler defumado, mas o ambiente art déco foi inspirado em estabelecimentos de Paris, como o Brasserie Lutetia. Inaugurado nos anos 30, é tombado pela prefeitura. Onde: Avenida Epitácio Pessoa, 1674, tel. 2523-1135.
10- Castelinhos de Santa Teresa. Com sete castelos ao longo da Rua Almirante Alexandrino, o bairro foi endereço da aristocracia carioca até os anos 60. O clima ameno e a bela vista atraíram franceses, que costumam chamá-lo de Montmartre tropical, em homenagem ao distrito boêmio de Paris.

(Redação Veja rio)

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