A edição que marcou os dez anos da ArtRio terminou neste domingo (18). O evento, que aconteceu na Marina da Glória, reuniu 49 expositores, entre galerias e instituições. Galeristas comemoram a participação na primeira feira de arte realizada no novo formato, seguindo todos os protocolos de segurança, e o aquecimento do mercado de arte.
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Primeira feira de arte do mundo realizada no formato híbrido, mesclando programação presencial e on-line, a ArtRio finalizou as exposições na Marina da Glória neste domingo (18) e considera o novo formato um grande sucesso.
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Ao longo de cinco dias, 8 100 visitantes circulam pelo pavilhão principal do espaço, eguindo todos os protocolos de segurança para evitar o contágio pelo novo coronavírus. Foram 49 expositores, entre galerias de arte e instituições. O número de visitantes foi limitado a 450 pessoas simultâneas, com indicação de horário de entrada e tempo de permanência.
“Realizar a ArtRio em 2020 foi um grande desafio e uma grande vitória para todo o mercado. Nosso foco, desde o início, foi na segurança e na organização, o que tornaram a feira presencial possível. Foi um marco para a nossa história e também para a retomada do mercado”, diz Brenda Valansi, presidente da ArtRio.
Até sábado (17), o Museu de Arte do Rio já tinha recebido a doação de mais de vinte obras compradas nas galerias.
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“Falar e empreender em arte é um ato de coragem no Brasil. Fazer a feira foi um importante ato de coragem para arte nacional. Para o Instituto foi ótimo. Muita troca de ideias e conhecimento, além de muitas vendas e encomendas de obras. Uma oportunidade incrível para revelar artistas jovens e reforçar o trabalho de outros jovens”, aponta Roched Seba, do Instituto Vida Livre.
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A versão on-line continua até o próximo domingo (25), com a participação de 71 galerias e instituições. Na agenda, estão palestras, conversas, visitas guiadas e performances.
Entre terça (13) e sábado (17), o site da ArtRio contabilizou 300 mil pageviews. Houve acessos nos Estados Unidos, Reino Unido, França, Espanha e Portugal, por exemplo.
“Foi uma surpresa o número de visitantes e também de vendas. A feira estava segura, colecionadores importantes circularam pelo evento. Tivemos importantes vendas e vendas também para instituições. Tudo funcionou – e Brenda Valansi teve muita coragem e visão em realizar essa feira enquanto todas as outras foram canceladas em 2020”, afirma o galerista Jaime Vilaseca.
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“Os resultados foram bastante positivos, tanto em vendas quanto em contatos institucionais. O formato menor, com gente que realmente queria ver arte, contribuiu para que bons negócios acontecessem, antes mesmo da feira abrir e também no decorrer do evento. Não nos sentimos em nenhum momento expostos a nada em termos de segurança sanitária”, complementa Janaína Torres, também galerista.