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Caso do brigadeirão: ‘cigana’ gravou áudio falso para ajudar suspeita

Objetivo era enganar namorado de Júlia Pimenta, para que ela pudesse ficar um mês na casa de Luiz Marcelo Ormond sem despertar suspeitas sobre seu sumiço

Por Da Redação
20 jun 2024, 15h59
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Suyany e Julia: cigana se fez passar por mãe que buscava babá para enganar namorado de Júlia. (Reprodução/Instagram)
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Para conseguir que Júlia Andrade Cathermol Pimenta passasse um mês na casa do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond sem levantar suspeitas sobre o seu sumiço, a cigana Suyany Breschak enviou um áudio com conteúdo falso usado pela amiga e cliente para enganar o namorado, Jean Cavalcante de Azevedo. As duas estão presas por envolvimento na morte de Ormond, envenenado com um brigadeirão. A polícia acredita que Suyany é a mandante do crime.

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O áudio chegou à 25ª DP (Engenho Novo) através de Jean, que alega ter sido enganado pela namorada. A gravação passou por um perícia audiográfica, que constatou que a voz é de Suyany. Nas mensagens, ela se apresenta como “Nat” e pede para Júlia cuidar de seus filhos durante um mês. Para isso, oferece R$ 5,5 mil por criança, sendo que uma teria deficiência. “Oi Ju, tudo bem? Sou eu, a Nat. Desculpa estar te mandando áudio. Você sabe que é uma pessoa que eu confio pra caramba e a minha mãe não está muito boa. Ela está com uns problemas de cabeça, está agredindo as pessoas e não está se dando com irmão nenhum, ninguém quer internar ela”, diz Suyane no áudio. Ela conta que está divorciada e sozinha para cuidar dos supostos filhos. “Você pode ficar com eles pelo menos um mês? Eu te pago por criança R$ 5,5 e eles vão para escola todo dia. Também vou estar pagando o seu aluguel. Pago também o plano de saúde e aqui as coisas são fartas”. Por fim, a cigana pede para que Júlia não tenha acesso ao celular: “Eu sei que está chegando o seu aniversário, só que realmente preciso que dê atenção a eles até pelo outro ter problema e cuidar dos cachorros também. Peço que você não fique em telefone, que você dê mais atenção para eles. Não sair, não deixar eles”.

Através de uma carta enviada da prisão a um ex-namorado, Júlia Cathermol disse que foi ameaçada e coagida família da cigana Suyany Breschak durante o tempo em que ficou com a vítima. A suspeita alegou ainda que estava “fraca mentalmente” e que sofreu uma “lavagem cerebral”. A versão se alinha à hipótese dos investigadores de que Suyany é a mandante do crime e com influência espiritual sobre Júlia. A Polícia Civil instaurou um novo inquérito para apurar as denúncias. O caso é investigado como coação no curso do processo pela 25ª DP (Engenho Novo).

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Entenda o caso

Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44 anos, que foi encontrado morto no dia 20 de maio no apartamento onde morava, na Zona Norte. O corpo estava em estágio avançado de decomposição, mas uma marca que indicava um possível golpe na cabeça fez com que os agentes registrassem o caso como morte suspeita. Segundo o delegado do caso, Marcos Buss, o empresário foi morto após ter comido um brigadeirão envenenado com medicamento à base de morfina feito pela namorada, a psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, que reatara um namoro com a vítima. Ela teria interesse na herança do empresário. Suyany Breschak foi presa na sequência, por suposto envolvimento no crime. A mulher se identifica como cigana e seria “orientadora espiritual” de Júlia. Segundo Suyany, a namorada da vítima deve R$ 600 mil a ela por diversos trabalhos espirituais.

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