Contaminado por tolueno, sistema da Cedae não tem prazo para ser retomado

Exames laboratoriais são feitos hora a hora para determinar quando operação pode ser retomada, mas concentração da substância ainda está acima do permitido

Por Da Redação
5 abr 2024, 13h23
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Falta d'água: desabastecimento afeta mais de 2 milhões de pessoas em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e na Ilha de Paquetá, no Rio. (./Divulgação)
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Após a detecção da contaminação da água bruta que chega à Estação de Tratamento de Água (ETA) Imunana-Laranjal com tolueno, na quarta (3), a Cedae realiza exames laboratoriais para determinar quando a operação do sistema poderá ser retomada. Até as 10h desta sexta (5), as concentrações da substância tóxica ainda estavam acima do permitido, mas o monitoramento segue de forma contínua, com coleta e análise de hora em hora. O desabastecimento afeta mais de 2 milhões de pessoas em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e na Ilha de Paquetá, no Rio. A concessionária Águas do Rio reforça que mesmo após a Cedae retomar o fornecimento de água tratada, a distribuição à população atingida será restabelecida gradativamente em 72 horas. Até o momento, não há previsão de normalização do abastecimento.

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A Policia Civil abriu inquérito para apurar os responsáveis pelo crime ambiental. Ainda na quinta (4), o Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) também cobrou informações da Cedae sobre as medidas adotadas diante da presença do poluente no manancial de captação de água do Sistema Imunana-Laranjal. Por ora, a Cedae identificou que a contaminação veio de uma área da Baixada Fluminense, em canais artificiais de drenagem de fazendas. Técnicos da companhia e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), além de agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), rastrearam as margens do manancial e localizaram o foco do problema em um ponto do Rio Guapiaçu, em Guapimirim, na Baixada. A ação contou com helicópteros, embarcações e drones às margens dos rios Guapiaçu e Macacu.

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O tolueno é um hidrocarboneto aromático, inflamável, volátil, incolor e de odor característico altamente danoso à saúde se ingerido ou inalado. O composto é normalmente resultado da produção de gasolina e matéria-prima de solventes orgânicos em colas e tintas. De acordo com a Portaria de Potabilidade 888 do Ministério da Saúde, o nível permitido da substância é de 30 microgramas por litro de água. Os exames estão sendo realizados no laboratório Libra, na ETA Guandu, em Nova Iguaçu, que conta com equipamentos japoneses ultramodernos e é capaz de realizar em 30 minutos análises físico-químicas e microbiológicas, podendo identificar cianotoxinas, carbono orgânico volátil, mib e geosmina; além de alguns pesticidas.

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