Palco de grandes eventos e shows, a Praia de Copacabana, com seus pouco mais de quatro quilômetros de extensão, concentra mais da metade dos crimes praticados contra turistas no Rio.
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Um estudo de 54 páginas elaborado pela Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) aponta que, entre 2019 e 2020, foram 5 825 ocorrências na cidade, ou seja, uma média de sete por dia. Ao considerar-se o número de turistas no primeiro ano da análise (1 252 267), segundo o Ministério do Turismo, as vítimas representam 0,31% do total do grupo.
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Com informações como modalidade dos delitos, locais, horários, nacionalidade das vítimas e características físicas, o estudo é usado como base para diversos órgãos, para além do Deat, que promovem uma força-tarefa a fim de ordenar a espaço urbano, além de prevenir e reprimir essas ações nos principais cartões-postais da Cidade Maravilhosa.
Entre os crimes notificados nesse período, 80% são considerados “não violentos”. Tratam-se de furtos, receptações, estelionatos e apropriações indébitas. Entre os violentos (roubos, extorsões e lesões corporais), 8% deles tiveram o uso de faca e 3% de arma de fogo. A cada dez ocorrências, três ocorreram entre Réveillon e Carnaval, justamente quando a rede hoteleira registra alta nas taxas de ocupação.
Para se ter uma ideia, na virada do ano foram registradas 29 ocorrências por turistas na Deat, sendo 25 relativas a furtos, duas acerca de roubos, uma de extravio de celular e uma de extravio de documento.
No que diz respeito às nacionalidades dos turistas vítimas de crime, Argentina está em primeiro lugar, seguida de Chile, França, Inglaterra e Estados Unidos.
Mas nem só Copacabana está na mira dos criminosos. Ipanema, Lapa, Centro, Pão de Açúcar, Leblon e Santa Teresa também integram a lista de cartões-postais mais visados.