O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, acordou com policiais à sua porta na manhã desta quinta (10). O Ministério Público (MPRJ) e a Polícia Civil cumpriram mandado de busca e apreensão e foram às 6h, à sede da Prefeitura, à casa do prefeito, na Barra, e ao Palácio da Cidade, onde ele despacha. Documentos e o telefone celular do prefeito foram apreendidos pelos agentes.
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Não foi expedido mandado de prisão, e Crivella manteve sua agenda para esta quinta (10). O prefeito seguiu para um compromisso ao lado do presidente Jair Bolsonaro e do governador interino, Cláudio Castro, previamente marcado para as 9h: a formatura de oficiais no Centro de Instruções da Marinha, na Penha. Procurada por VEJA RIO, a assessoria de Crivella afirma que o prefeito, por enquanto, não irá se posicionar sobre as investigações.
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A ação desta quinta é parte da investigação sobre um suposto esquema de corrupção na Prefeitura. O inquérito contra Crivella foi aberto em 2019, baseado na delação do doleiro Sérgio Mizrahy. Ele foi preso na Operação Câmbio Desligo, um desdobramento da Lava Jato.
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De acordo com Mizrahy, empresas interessadas em fechar contratos com a prefeitura negociariam diretamente com Rafael Alves, ex-dirigente do Salgueiro e irmão de Marcelo Alves – então presidente da Riotur. Em troca de propina, o órgão facilitaria o encaminhamento dos processos burocráticos ou o pagamento de valores que o poder municipal devia a elas.
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Rafael e Marcelo Alves, assim como Mauro Macedo (ex-tesoureiro de Crivella e irmão de Bispo Macedo, da Igreja Universal) também são investigados e fazem parte de uma lista com 22 pessoas que tiveram mandados de busca e apreensão expedidos em seus nomes.