‘Desmonte’, afirma sindicato após incêndio em plataforma de petróleo

Para petroleiros, não é por acaso que este tipo de acidente tornou-se mais frequente: 'sucateamento da Bacia de Campos coloca em risco vida dos trabalhadores'

Por Da Redação
Atualizado em 22 abr 2025, 12h22 - Publicado em 22 abr 2025, 12h07
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Incêndio em plataforma: prestador de serviços caiu no mar, sofreu queimaduras, mas foi resgatado com vida (CNN/Reprodução)
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O incêndio de uma plataforma de petróleo, com 176 pessoas a bordo, na manhã desta segunda (21), na Bacia de Campos, a cerca de 130 km da costa de Macaé, na Região Norte do Rio, acende um alerta. Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), que diz acompanhar com preocupação mais um grave episódio e que tem denunciado sistematicamente, ao longo dos últimos anos, a falta de investimentos em manutenção e na integridade das plataformas por lá, “não é por acaso que acidentes como esse têm se tornado mais frequentes”.

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“Infelizmente, o que vemos hoje são as consequências práticas do desmonte da indústria nacional do petróleo. O sucateamento da Bacia de Campos, além dos prejuízos econômicos, coloca em risco a vida dos trabalhadores. Não é por acaso que acidentes como esse têm se tornado mais frequentes”, afirma a direção do Sindipetro-NF, em nota.

O acidente desta segunda (21) aconteceu na Cherne 1, também conhecida como PCH-1, e fez com que um prestador de serviços caísse no mar. Ele foi resgatado com vida pela embarcação Locar XXII. Consciente, teve queimaduras e foi encaminhado para atendimento médico na unidade PNA-1. Segundo informações atualizadas nesta terça (22), dez pessoas feridas no acidente continuam internadas, uma em estado grave.

De acordo com o sindicato, o fogo teve início às 7h25, e o combate às chamas durou cerca de quatro horas. Como medida de segurança, o escoamento de gás da unidade foi interrompido, de acordo com informações da Petrobras repassadas ao Sindipetro-NF. Embarcações especializadas em combate a incêndios, as chamadas Fire Fighters, foram posicionadas ao lado da plataforma e permaneceram de prontidão durante todo o tempo da ocorrência.

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A Petrobras informou que a plataforma incendiada não produz petróleo desde 2020. Segundo a empresa, as pessoas que estavam a bordo de PCH-1 foram preventivamente desembarcadas para que a integridade das instalações fosse avaliada. Uma comissão foi formada para apurar as causas do incidente.

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