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João Brasil lança um remix por semana em novo projeto

Conhecido internacionalmente por seus mashups, o DJ e produtor musical lança o projeto #FridayRemixDay, no qual experimenta versões de músicas populares com batida eletrônica

Por Thaís Meinicke
Atualizado em 2 jun 2017, 12h58 - Publicado em 9 out 2014, 18h49
João Brasil
João Brasil (I Hate Flash/)
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Depois de bombar no verão com o hit Moleque Transante, parte do projeto Rio Shock, João Brasil já tem mais novidades para o público da noite carioca. O músico, produtor musical e DJ acaba de lançar seu novo projeto, que, batizado de #FridayRemixDay, tem a proposta de disponibilizar gratuitamente uma nova faixa a cada sexta-feira, até o Natal.

Conhecido internacionalmente por seus mashups (músicas criadas a partir da mistura de duas ou mais pré-existentes), agora ele experimenta criar versões de músicas conhecidas do público com batida eletrônica – o trap, ritmo da moda nas festas cariocas. E nesta brincadeira vale tudo – já ganharam nova cara, por exemplo, o axé Swing da Cor, de Daniela Mercury, o pagode Deixa Acontecer, do grupo Revelação, e o funk As Novinha tão Sensacional, do MC Romântico. Para esta sexta (10), a escolha foi a música Be My Baby, de Ariana Grande.

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Com a agenda cheia, João leva seu som a dois eventos neste fim de semana, na sexta (10) e no sábado (11), e ainda produz a festa Fodasse no dia 18, no Castelo de Itaipava. Confira abaixo a entrevista com o DJ:

Como surgiu a ideia do #FridayRemixDay?

Eu já tinha feito um projeto parecido em 2010, o 365 Mashups, e agora estava com vontade de me dedicar um pouco aos remixes, fazer algo mais direcionado no que eu tenho ouvido. Pensei que o projeto era a melhor forma de eu me policiar para manter um fluxo de produção, aí surgiu a ideia de fazer um novo toda semana e até o Natal. A resposta das pessoas também foi superbacana, todo mundo comprou o projeto, começou a me pedir remixes, a cobrar as músicas.

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O seu público estava acostumado a ouvir os mashups e agora você está se dedicando mais ao trap. Como está sendo a recepção a essa mudança?

Esse estilo de música, que eles chamam de bass music, com bastante grave, já tem tocado em várias festas. E esse meu movimento foi justamente porque eu queria fazer o meu próprio som, para eu tocar umas faixas mais com a minha cara. Os que eu ouvia eram muito sérios, muito sisudos. O trap é bem pesadão, tanto no conceito como no som, então eu quis quebrar um pouco isso, com remixes como o de Deixa Acontecer, do Revelação, e o do Pepeca do Mal, no MC Livinho.

Como você escolhe as músicas que vai remixar?

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O projeto começou com o Swag da Cor, que foi o remix da música da Daniela Mercury, Swing da Cor. A partir daí, eu fui sentindo o que as pessoas gostam mais, o que está tocando no momento e até uns lançamentos. O Faz a Pose que lá Vai Close, por exemplo, eu tinha acabado de ver a versão do MC R1, que tinha acabado de ser lançada, achei bacana e pensei em fazer uma versão diferente, nesse chill trap, que é um ritmo mais calmo.

 

E como é a interação com o público na escolha das músicas?

A interação é 100%. Com isso, acaba que o funk também volta muito forte no meu trabalho. Eu comecei a ver que todos os meus remixes de funk agradam muito. O remix de Pepeca do Mal, que eu lancei na sexta passada (3), foi um pedido da galera. Eu nem conhecia a música ainda, mas me pediram, eu ouvi e pensei “vou ter que fazer”. Estou sempre ligado, vejo todos os comentários, vejo quais remixes que a turma está curtindo mais.

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Você disponibiliza todos gratuitamente e tem muito DJ que não faz isso, né?

Eu deixo baixarem de graça porque eu tenho essa cultura. Como eu não estou lançando através de nenhum selo, de nenhuma gravadora, acho bacana ser de graça, até porque os DJ’s todos podem baixar e começam a tocar em outras festas. Acho que eu ganho mais liberando de graça, tendo esse espírito mais livre. Quero que as pessoas baixem, toquem nas festas. Para mim, é mais interessante.

O número de downloads de cada faixa funciona como um termômetro para você ver o que está dando certo?

Às vezes você pode ter um monte de download, um monte de play e não ter aquele público mais fiel. Às vezes a música é pop, faz muito sucesso, mas são pessoas que não estão engajadas com o artista João Brasil. Então, neste projeto, estou tentando atingir primeiro os meus fãs, a galera que já acompanha o meu trabalho, e ver o que eles estão gostando mais. Estou encarando esse projeto de remixes como um teste.

João Brasil
João Brasil ()

O funk costuma ser o que faz mais sucesso?

Com certeza. As pessoas se empolgam porque são músicas que todo mundo conhece, mas que não tocam na noite. Quando eu faço uma versão parecida com o som que geralmente toca na pista sempre causa uma surpresa. Por exemplo, eu fiz um remix de As Novinhas Tão Sensacional e vi que esse foi o de maior sucesso até agora, de comentários, de qualidade de resposta. Eu deixei a música mais elegante, digamos assim. E isso é uma coisa que as pessoas gostavam também no 365 Mashups, quando eu misturava um funk mais forte com uma coisa mais levinha.

Você tem outros projetos, como o Rio Shock, que bombou no verão com o Moleque Transante. Como concilia todos eles?

Isso é uma loucura, eu faço tudo ao mesmo tempo! Estamos fazendo o disco do Rio Shock, que já está quase igual ao do Guns N’Roses, demorando 25 anos para ficar pronto (risos). E tem esse projeto do remix, que a ideia é que se transforme no meu próximo live set.

Você percebe alguma diferença no tipo de festa que as pessoas estão te chamando para tocar?

Quando eu começo a fazer um estilo que eu não fazia, começa a abrir um outro mundo que não me chamava antes, mas eu acho que o nome João Brasil ainda é mais forte do que esse lance. Me chamam porque é divertido, porque a pista vai ser inusitada, não vai ser aquele lugar-comum… Como eu posso explicar? Vai ser zoeira (risos).

E tem a Fodasse, que é um outro projeto seu e vai ter edição em outubro. O que estão planejando para a festa?

A Fodasse é um projeto meu com o Paulo Sattamini e do Filipe Raposo. Desta vez, vamos fazer a Oktoberfodässe, no Castelo de Itaipava. Durante o dia vai ser como uma oktoberfest normal, com danças típicas, salsichão e muita cerveja, e à noite a gente começa a pista com a nossa mistura musical.

+ Dez perguntas para João Brasil no Rock in Rio

Confira todas as músicas disponibilizadas por João Brasil no projeto #FridayRemixDay:

https://player.soundcloud.com/player.swf?url=https://api.soundcloud.com/tracks/162856712

https://player.soundcloud.com/player.swf?url=https://api.soundcloud.com/tracks/164313483

https://player.soundcloud.com/player.swf?url=https://api.soundcloud.com/tracks/165332343

https://player.soundcloud.com/player.swf?url=https://api.soundcloud.com/tracks/166303878

https://player.soundcloud.com/player.swf?url=https://api.soundcloud.com/tracks/167342619

https://player.soundcloud.com/player.swf?url=https://api.soundcloud.com/tracks/168429534

https://player.soundcloud.com/player.swf?url=https://api.soundcloud.com/tracks/169482682

https://player.soundcloud.com/player.swf?url=https://api.soundcloud.com/tracks/170424371

PRÓXIMAS FESTAS

Confira as próximas festas que contarão com a participação do DJ:

Sexta (10)Tempos Modernos

Palaphita Jockey. Avenida Bartolomeu Mitre, 1110, Jockey Club, Gávea. Ingressos: R$ 50 (feminino); R$ 70 (masculino). 

Sábado (11)Rio Porque tô no Rio

Estação Leopoldina. Avenida Francisco Bicalho, s/n, Centro. Ingressos: R$ 70 (feminino); R$ 100 (masculino).

Sábado (18)Oktoberfodässe

Castelo de Itaipava. BR 040, km 56, Itaipava, Petrópolis. Ingressos: 1º lote R$ 120 (feminino); R$ 150 (masculino). OPEN BAR. 

+ Veja mais sobre as melhores festas do Rio

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