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Feira erótica agita o Centro de Convenções SulAmérica

Com produtos inusitados e atrações apimentadas, Sexy Fair se beneficia de um setor que não conhece crise

Por Carolina Barbosa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 abr 2017, 18h11 - Publicado em 14 abr 2017, 15h00
feira
(Julie Weiss/Istock/Divulgação)

O auditório do Centro de Convenções SulAmérica vai sediar na quinta-feira 20 um evento inusitado. Os palestrantes João e Lídia Ribeiro vão falar para cerca de uma centena de pessoas sobre um tema, no mínimo, curioso: “Produtos eróticos na era da revolução sexual cristã”. Donos de sex shops e criadores de uma linha de produtos voltados para casais evangélicos (com embalagens, perfumes, princípios ativos e sabores mais suaves em comparação aos da concorrência), eles prometem não apenas dirimir eventuais dúvidas do público como vender os artigos em um dos trinta estandes ao lado. O casal Ribeiro e seus produtos religiosos são parte do pacote de atrações da Sexy Fair, evento erótico que é alardeado por seus organizadores como o maior do ramo em todo o país.

A previsão é que em seis dias, entre 18 e 23 de abril, 40 000 pessoas visitem o centro de exposições, onde poderão ser encontrados desde gel, loções e lingeries até apetrechos como vibradores high-tech, com wi-fi e câmera (veja o quadro). Incrementam a lista de atrações palestras, debates, apresentações de stand-up comedy com os humoristas Nizo Neto e Helio de La Peña, pole dance, concurso de beleza plus size e transexual, além de shows com os funkeiros Mr. Catra, Lexa e Valesca. Em uma área à parte, os visitantes poderão experimentar uma verdadeira quermesse erótica, com várias brincadeiras. “Tudo de muito bom gosto e para toda a família, desde que sejam maiores de idade, claro”, adianta Osmar Gil Paim, o promotor da feira.

As estatísticas da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), o sindicato das indústrias do ramo, mostram que o mercado do sexo movimenta 1 bilhão de reais ao ano no país. Em 2016, o crescimento foi de 3% em relação a 2015, mesmo com a crise. Na semana passada, os organizadores da Sexy Fair comemoravam um feito: a sete dias da abertura, metade dos ingressos já havia sido vendida.

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(Veja Rio/Reprodução)
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