Arqueologia urbana: porão de casa tombada expõe arte contemporânea
Galeria Gozto, no Largo do Boticário, é território para exploração de peças como pratos estampados com pinturas sobre mapas descartados nas ruas de Copacabana
O Largo do Boticário, no Cosme Velho, já guarda na arquitetura de estilo neocolonial de seu casario um belo naco da história do Rio. Transformado na Galeria Gozto há dois anos, o porão de uma das casas tombadas — mais exatamente, o do imóvel que abrigou o ateliê do pintor pernambucano Augusto Rodrigues por trinta anos, no final do século XX — passou a dar espaço a um outro tipo de arqueologia.
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Um lugar para conhecer peças incomuns, como a coleção de pratos de porcelana Planisfério, que tem como base uma série de mapas antigos encontrados no lixo pelo artista plástico Jefferson Svoboda. “Todos foram descartados na calçada por uma escola de Copacabana. Tinha um mundo inteiro ali”, lembra ele, que quase tropeçou naquela pilha e levou tudo para casa, onde passou a pintar casais em cima das plantas, imagens que estampou nas louças.
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“A ideia é tratar da diminuição das fronteiras pelo afeto”, explica o artista, que transpôs quatro das imagens para as louças. Algumas delas agora dividem atenção com obras de 20 artistas, de designers de objetos, móveis e joias autorais a ceramistas, escultores e pintores. Um território a ser explorado.