Homofobia: órgão registrou pelo menos uma denúncia por dia no Rio em 2022
Ao todo, foram recebidas 312 denúncias de injúrias homofóbicas no estado do Rio em 2022 e 93 entre janeiro e maio de 2023
O caso dos funcionários do restaurante no Museu do Amanhã, no Centro, que foram agredidos pela psicóloga Juliana de Almeida Cezar Machado, é mais um exemplo de atitudes preconceituosas que ocorrem diariamente no Rio. Segundo um levantamento da coordenação do programa estadual Rio sem LGBTIFobia, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, o órgão registrou 312 denúncias de injúrias homofóbicas no estado em 2022 – em média, uma vítima a cada 28 horas. E, somente neste ano, de janeiro ao dia 15 de maio, foram 93 ocorrências.
+ Restaurante do Museu do Amanhã buscará justiça por ofensas homofóbicas
Os dados foram registrados por 19 centros de cidadania LGBTQI espalhados por todo o estado. As denúncias são recebidas 24 horas durante os sete dias da semana pelo telefone 0800 0234567, do Disque Cidadania e Direitos Humanos. Por meio do canal, a vítima recebe orientações úteis para denunciar o caso, como os endereços de delegacias e a necessidade de coletar nomes de pessoas que presenciaram a violência. Os casos são encaminhados para órgãos como a Delegacia Especializada de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), Ministério Público e Defensoria Pública.
Um vídeo registrado no último sábado (27) viralizou na internet ao mostrar uma psicóloga ofendendo e agredindo a chef Isabela Duarte, que aparece com marcas de sangue no braço, o auxiliar de cozinha Henrique Lixa e o garçom Luan Fernandes. Juliana de Almeida foi levada para a delegacia, onde o caso foi registrado como lesão corporal. Mas logo a Polícia Civil instaurou também um inquérito para apurar os crimes de injúria homofóbica e ameaça.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui