Juiz da Lava-Jato no Rio, Bretas pede reforço na segurança

Juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, denuncia ameaças e pede ajuda para levar adiante os intermináveis desdobramentos da operação

Por Pedro Tinoco
Atualizado em 14 abr 2017, 10h28 - Publicado em 14 abr 2017, 10h28
O presidente do TRF2, Desembargador André Fontes, visita o juiz da Sétima Vara Federal, Marcelo Bretas, em apoio ao mesmo (Alexandre Cassiano/Agência O Globo)
Continua após publicidade

A afinidade da dupla, revelada no tenso encontro da segunda-feira 10, vai muito além do que podem sugerir os ternos sóbrios e as gravatas em tons aproximados de vermelho. Durante visita ao prédio da Justiça Federal no Rio de Janeiro, o desembargador André Fontes, presidente do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região, relativa aos estados do Rio e do Espírito Santo), fez questão de manifestar, em “ato simbólico”, sua “solidariedade e preocupação diante dos desafios e ameaças à figura do juiz”. Mais não explicou. O alvo de tanto apreço é o juiz federal Marcelo Bretas, 46 anos, que, encarregado dos desdobramentos da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, já determinou a prisão de Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, de Sérgio Cabral Filho, ex-governador fluminense, e do milionário Eike Batista, entre outros peixes grandes.

Bretas pediu reforço na segurança há pouco mais de um mês e, no “ato simbólico” do dia 10, o desembargador Fontes anunciou que havia acatado o pleito. Toda ajuda será mesmo bem-vinda. O magistrado decidiu tomar maiores precauções assim que soube que desconhecidos procuraram informações sobre ele em sua residência e na própria sede da Justiça Federal, onde despacha. Menos de 24 horas depois, outra fase carioca da Lava-Jato, batizada de Fatura Exposta, levou para a cadeia Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde de Cabral, sob a acusação de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução da Justiça. O trabalho dos togados, como se vê, está longe de acabar, mas, ao que tudo indica, vai superando a velha máxima de Fernando Sabino (1923-2004). Cronista afiado, o escritor mineiro dizia o seguinte: “Para os pobres, é dura lex, sed lex. A lei é dura, mas é a lei. Para os ricos, é dura lex, sed latex. A lei é dura, mas estica”.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.