Um suspeito de assassinar no lutador de MMA Diego Braga Alves, de 44 anos, foi preso por policiais do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) na manhã desta terça (16). O Disque Denúncia divulgou um carta pedindo informações que levem à identificação e prisão dos demais criminosos envolvidos no crime. O corpo do atleta foi encontrado nesta segunda (15). Ele estava desaparecido desde a madrugada do mesmo dia, quando foi tentar recuperar sua moto, furtada na casa onde morava, num condomínio na comunidade da Muzema, na Zona Oeste do Rio.
+ Vem mais chuva: Inmet alerta para nova frente fria no Rio na sexta (19)
De acordo com a Polícia Militar do Rio de Janeiro, Tauã da Silva, conhecido como 2B, tem 18 anos, confessou participação no crime e forneceu detalhes de como tudo aconteceu. Ele foi localizado em casa, no Morro do Banco, no Itanhangá, também na Zona Oeste do Rio. No local foram apreendidas drogas. Tauã contou aos PMs que Diego foi ao local para “desenrolar a entrega da moto” e que, “quando pegaram o telefone dele, viram que tinha contatos de milicianos de Rio das Pedras e da Muzema”. Ainda segundo o criminoso, “o lutador tentou correr, mas foi pego e morto”.
Filho da vítima, o também lutador Gabriel Braga contou que o pai passou a manhã de segunda (15) à procura da moto furtada e decidiu subir sozinho, para tentar reavê-la. No Instagram, Diego chegou a divulgar o vídeo em que os criminosos aparecem levando a moto. Segundo a Delegacia de Homicídios da Capital, além do Morro do Banco, o lutador esteve ainda na comunidade Tijuquinha, também no Itanhangá.
+ Quem era o dono de galeria de arte em Nova Iorque encontrado morto no Rio
Segundo informações do Disque Denúncia, a comunidade da Muzema, assim como o Morro do Banco, eram controladas por uma milícia até o ano passado e, agora, estariam sob o o controle do Comando Vermelho (CV). Quem estaria à frente da quadrilha que age nas comunidades seria Pedro Paulo Guedes, o Pedro Bala, narcotraficante apontado como um dos chefes do Complexo da Penha.
Diego Braga foi lutador profissional de muay thai e MMA. Ele treinou com os irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro e com Anderson Silva. A carreira profissional de Diego no MMA começou em 2003. De lá para cá enfrentou lutas com nomes como Charles do Bronx, Iliarde Santos, Adriano Martins e Miltinho Vieira. A última luta profissional foi em 2019, quando se aposentou com 23 vitórias, oito derrotas e um empate. Atualmente era dono da academia Tropa Thai, onde treinava o filho, Gabriel, que luta profissionalmente.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Nas redes sociais, amigos como o surfista Pedro Scooby lamentaram a morte do lutador: “Hoje eu tinha tido um dia incrível e no final da noite recebi uma notícia super triste. O Diego Braga, um cara que conheci há pouco tempo na casa de amigos, super querido por todos, tinha um projeto incrível que dava aula para crianças de MMA, foi morto covardemente. Quem fez isso com ele que pague. Não estou aqui pra julgar o que cada um faz, mas covardia não é bom em lugar nenhum”. Minotauro também considerou o assassinato como covarde e afirmou que Diego foi tentar recuperar a moto no Morro do Banco porque era conhecido na comunidade, onde desenvolvia projetos sociais: “A pergunta que fica é: onde essa violência vai parar meus amigos? Que covardia terrível, que coisa sinistra que não tem explicação alguma”, escreveu ele.