O que parece uma boa notícia pode ser um sinal de desequilíbrio ambiental: pesquisadores do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos registraram 365 pinguins no litoral do Rio de Janeiro, entre maio e julho deste ano. O número é quatro vezes maior do que os registros do mesmo período do ano passado. Segundo especialistas, a maior presença desses animais na costa fluminense pode indicar que eles não estão encontrando alimentos suficientes durante a rota de migração.
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“Pode ter havido uma maior sobrepesca nesse período, a temperatura que foi um pouco diferente também. Então, isso pode ter afetado os peixes de que eles se alimentam. Com isso, a área de alimentação deles pode ter alterado”, explicou à TV Globo o biólogo Bruno Corrêa Meurer.
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Com tantos pinguins no litoral, a presença deles tem sido registrada em vídeo em várias praias do Rio nas últimas semanas, assim como em Araruama, na Região dos Lagos, e em Niterói, na Região Metropolitana. Mas a orientação dos biólogos é para sempre chamar órgãos responsáveis para fazer o resgate dos animais, evitando contato com os animais. “Se o pinguim consegue nadar sozinho, deixa ele. Mas se ele começar a boiar, como pato, já tem alguma coisa errada. Aí liga para equipe de resgate“, acrescentou Meurer, explicando que as equipes de resgate têm o equipamento de proteção individual necessário. “São animais selvagens que tem patógenos, que podem contaminar o ser humano. Nós, seres humanos, podemos contaminar eles também”, completou o Bruno.