As aulas e atividades desenvolvidas no Palácio Universitário, importante edifício histórico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no campus da Praia Vermelha, serão transferidas para módulos (contêineres) no próprio campus, no fim deste ano. A mudança se deve à interdição do edifício para obras que devem durar pelo menos três anos.
Segundo a assessoria da universidade, cerca de 7,5 mil pessoas, entre alunos, professores e funcionários, circulam no prédio e, consequentemente, serão afetados em algum momento pelas obras. O Palácio Universitário abriga a Escola de Comunicação, a Faculdade de Educação, o Instituto de Economia e a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis.
A nova reitoria, que tomou posse no último dia 3, convocou uma reunião no palácio hoje (15) para discutir como seria feita a transição. As obras ocorrerão em etapas. Primeiro será feita a restauração e recuperação de todo o telhado e fachada do edifício, em seguida serão recuperadas as esquadrias e, por último, o sistema elétrico e hidráulico será revitalizado.
O diretor do Escritório Técnico da Universidade, Márcio Escobar, explicou que o orçamento previsto para as obras do telhado e da fachada está estimado em R$ 17 milhões e o orçamento da recuperação das esquadrias foi orçado em R$ 14 milhões. De acordo com ele, a interdição das atividades acadêmicas é para que a obra prossiga sem interrupções e prorrogações de prazo. “Essa intervenção do palácio é necessária, por uma questão de segurança e andamento das obras”, acrescentou.
O diretor da Escola de Comunicação da universidade, Amaury Fernandes, disse que a obra é urgente e a necessidade dela imediata. “Basta olhar para o estado do palácio e viver aqui dentro para perceber esse tipo de necessidade”, salientou.
Uma comissão representada por docentes, discentes e funcionários será montada para fiscalizar e acompanhar o andamento das obras, conforme garantiu o chefe de gabinete da reitoria, Agnaldo Fernandes. De acordo com ele, o plano diretor – conjunto de medidas e ações planejadas para a universidade – será rediscutido com a comunidade universitária para adaptá-lo às reais necessidades do campus. “Não haverá decisões sem o envolvimento da comunidade universitária”, garantiu.
Ele disse que já há um processo para a aquisição de novos módulos, nos quais serão dadas aulas e exercidas atividades antes desenvolvidas no interior do edifício. Com a montagem dos contêineres e a garantia das condições necessárias para as aulas, ele acredita que a transição seja feita ainda neste ano.
Fernandes elencou as questões prioritárias para a gestão do novo reitor, Roberto Leher: revitalização do campus da Praia Vermelha; entrega do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no campus da Ilha do Fundão; os bandejões dos campi da Praia Vermelha e de Macaé; e o alojamento dos estudantes no Fundão.