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Pandemia agrava o número de pessoas em situação de rua no Rio

O número de idosos em unidades de acolhimento do município aumentou em 34% em 2021, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Assistência Social

Por Luiza Maia
6 jul 2021, 18h30
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  • O número de pessoas nos abrigos do Rio cresceu nos primeiros cinco meses em 2021, segundo dados da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS). Foi analisado um aumento de 11% no número de adultos e 34% no índice de idosos acolhidos, em comparação ao mesmo período em 2020.

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    As ações assistenciais a pessoas em vulnerabilidade também aumentaram nesse período. Nos cinco primeiros meses deste ano, a prefeitura realizou 54 370 atendimentos a população de rua, um número 23% maior que o registrado em 2020 (44 242). 

    Os motivos para as pessoas deixarem seus lares são diversos, e a crise econômica agravada pela pandemia piora este cenário. “A situação é dramática. Encontramos desde pessoas envolvidas com drogas até as que chegaram a essa situação por brigas familiares. Mas hoje, principalmente, há aquelas que perderam seus empregos e que não têm onde morar por absoluta falta de recursos”, explica a secretária municipal de Assistência Social, Laura Carneiro.

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    Grupos que levam apoio às ruas também precisaram reforçar suas ações solidárias para atender a maior demanda. Criado em abril de 2020, o Projeto Só Vamos teve de aumentar o número de refeições doadas de 150 para 600 quentinhas entregues aos fins de semana. “Conhecemos pessoas, antes financeiramente estruturadas, que perderam todos os bens e hoje contam com ajuda. Em 15 meses, nós somamos mais de 20 000 alimentos distribuídos”, diz o coordenador da ação social, Ronaldo Ferreira.

    De acordo com o Censo de População em Situação de Rua, realizado pela primeira vez no Rio em outubro de 2020, 7 272 pessoas se encontravam nessa condição – dessas, 75,2% (5 469) estavam nas ruas e 24,8% (1 803) abrigadas em unidades de acolhimento e comunidades terapêuticas.

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    O levantamento mostra que grande parte desse grupo é composto por homens (80,7%), negros (76,2%), com idade entre 18 e 49 anos (65,7%). Além disso, cerca de 40% vieram de outros municípios.

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    Quanto à escolaridade, 63,1% não concluíram o ensino fundamental. Os dados também mostram que 3 960 entre os pesquisados possuem alguma dependência química.

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