Pesquisadores da UFRJ redescobrem espécie rara de sapo
Estudo traz novos detalhes sobre a espécie Brachycephalus bufonoides, popularmente conhecida como pingo-de-ouro, que não era avistada há cerca de cem anos
Uma espécie rara de sapo, o Brachycephalus bufonoides, inicialmente registrado em 1920, surpreendeu os pesquisadores do Museu Nacional e do Instituto de Biologia da UFRJ. Popularmente conhecido como pingo-de-ouro, esse tipo de anfíbio não era avistado há cerca 100 anos.
O registro dos pesquisadores da UFRJ aconteceu em 2015, em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio, quando outras espécies do animal estavam sendo estudadas.
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Após cinco anos de pesquisas, os cientistas confirmaram a suspeita de se tratar do sapo até tão desaparecido. A espécie vive exclusivamente nos solos florestais da região sudeste do Brasil, principalmente em áreas de Mata Atlântica, e está entre os menores sapos do mundo, medindo menos de dois centímetros.
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“A princípio, pensávamos que seria uma nova espécie, mas após compararmos com exemplares do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ/USP), obtidos em 1909, percebemos que se tratava de uma redescoberta”, conta o curador das coleções de anfíbios do Museu Nacional, José Pombal Jr.
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O artigo publicado na revista científica Zootaxa traz novidades sobre a espécie: os machos têm um canto diferente, com um maior número de pulsos, maior taxa de repetição de pulso e maior frequência dominante para atrair as fêmeas. A cor amarelo-alaranjada serve de alerta sobre a sua toxicidade.