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Presidente da Câmara e secretário de segurança trocam críticas

Rodrigo Maia acusou Roberto Sá de tentar transferir a culpa pela violência na cidade

Por Agência Estado
15 ago 2017, 12h03
Rodrigo Maia: presidente da Câmara testou positivo para a Covid-19 nesta quarta (16) (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusou o secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, de tentar “transferir para os outros uma responsabilidade que é dele” ao criticar leis que considera brandas para combater o crime. Em uma postagem em seu perfil no Facebook, às 21h de sábado, o parlamentar, apontado como possível candidato ao governo fluminense em 2018, afirmou que Sá “não pode ser tão irresponsável” em suas críticas. Até as 20 horas desta segunda (14), a Secretaria de Segurança não havia se manifestado sobre a reclamação do político.

Maia reagiu a declarações feitas por Sá, em tom irritado, durante enterro de um dos três policiais militares assassinados nos últimos dias no Estado. Este ano, já são 97 os militares mortos por criminosos, em meio ao crescimento de crimes como roubo

e homicídio. Ele cobrou do Legislativo empenho para mudar as leis penais, como parece haver em relação a outras reformas.

“Nós precisamos exigir reforma na política criminal. Eu vejo reforma tributária, reforma política, reforma econômica, cadê a reforma criminal? Essa legislação te atende como cidadão? Você acha que três anos (de pena) inicialmente para quem
porta um fuzil, para sair em seis meses, é razoável? Vocês acham que quem tira a vida de uma pessoa pode progredir de uma pena de 15 (anos) e sair com cinco, seis anos? Não é razoável. O mundo não trata o crime assim. Sociedade que depende apenas da polícia para evitar isso é uma sociedade que vai sangrar”, afirmou, nitidamente emocionado.

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Referindo-se à fala de Sá, Maia respondeu em tom duro. “Nós vamos aprovar leis mais duras contra o crime, sim, mas a convulsão social que vivemos no Rio não é culpa da legislação”, afirmou, na rede social. “Cadê o policiamento? A sociedade
está abandonada, e a polícia também.” A postagem foi pública e, até as 20 horas de ontem, havia levado a 319 comentários de internautas.

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