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Professora carbonizada implorou para não morrer, aponta investigação

Irmão de ex-sogra é preso e confessa assassinato; Vitória Romana Graça foi enforcada e carbonizada

Por Da Redação
17 ago 2023, 15h21
Edson Alves Viana Junior: Polícia prende mais um suspeito da morte de professora carbonizada no Rio
Edson Alves Viana Junior: preso, ele confessou participação no crime e contou que, após assassinato, recebeu 107 reais da irmã, usados para comprar drogas (./Reprodução)
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Enforcada com uma corda, com álcool jogado em seus olhos e gasolina espalhada pelo corpo, a professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, chorou afirmando “a todo tempo” obedecer aos agressores e implorando para que não lhe fizessem mal. O depoimento foi dado por Edson Alves Viana Junior, terceiro suspeito de participação no crime, à Polícia Civil, na tarde desta quarta (16). Ele participou do sequestro e do assassinato de Vitória ao lado da irmã, Paula Custódio Vasconcelos, e da sobrinha, de 14 anos, que foi namorada da professora por quatro meses. O corpo da vítima foi encontrado carbonizado na última sexta (11) na comunidade Cavalo de Aço, em Senador Camará, na Zona Oeste.

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Segundo as investigações, os parentes da menor não gostaram quando o namoro acabou, porque a professora os ajudava financeiramente. No depoimento, Edson disse que, após o término, ele e Paula foram até o colégio onde a sobrinha e Vitória se conheceram para convencer a professora a reatar o namoro. Segundo o tio da menor, Vitória combinou de passar na casa de Paula na noite do 10 de agosto para encerrar a conversa. Lá, Vitória foi imobilizada pelos três e amarrada em uma cadeira com fita adesiva. Na sequência, Paula obrigou a professora a fazer transferências via Pix. Quando não conseguiu mais dinheiro, a mãe e a menor foram até a casa da vítima para pegar objetos de valor. Elas voltaram com botijão de gás, roupas de cama, panelas e produtos de beleza.

Edson contou ainda que Paula tentou fazer novas transferências, mas, sem sucesso, resolveu ligar para a mãe de Vitória para simular um sequestro-relâmpago. No telefonema exigiram mais 2 mil reais, mas a mãe dela não conseguiu fazer a transferência. “O declarante afirma que, mesmo se conseguisse os 2 mil reais ou qualquer quantia a mais, Vitória não sairia dali viva, pois a intenção de Paula era mesmo matá-la”, consta em trecho do depoimento. Após esse momento, Edson contou que Paula pegou uma corda, a esticaram em torno do pescoço de Vitória e ficaram puxando cada um de um lado, fazendo uma espécie de cabo de guerra para enforcar a vítima. A tortura durou de 20 a 30 minutos, até que a professora desmaiasse. Os três jogaram álcool em seus olhos para ver se tinha alguma reação e, considerando que a vítima estava morta, colocaram-na em uma mala e levaram para um local para queimá-la.

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No caminho, pararam em um posto e compraram gasolina. Eles atearam fogo na mala e, com as chamas já altas, saíram para tentar fazer mais saques nas contas de Vitória em um caixa 24 horas, onde retiraram mais 1,2 mil reais. Por fim, Paula se despediu do irmão, a quem deu 107 reais, usados para comprar drogas, segundo Edson em seu depoimento. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que a professora ainda estava com vida quando teve seu corpo queimado. No exame foi apontada aspiração de fuligem.

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