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Efeito pandemia: estado do Rio foi o mais afetado no mercado de trabalho

Segundo estudo da FGV, a queda no índice de ocupação foi de 14,28%. O Rio também registrou maior índice de mudança no local de trabalho

Por Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 jul 2021, 13h50 - Publicado em 6 jul 2021, 13h44
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  • O Rio foi o estado que sofreu maior impacto no mercado de trabalho na pandemia. De acordo com o estudo do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social/CPS), a queda nos empregos entre o quarto trimestre de 2019 e o mesmo período de 2020 foi de 14,28%.

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    O estudo foi realizado a partir do processamento de microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnadc), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Entre os empregados, o estado também registrou maior mudança de local de trabalho (19,55%). “O Rio foi tão afetado porque é a unidade da federação que tem a maior proporção de idosos. Então, tem uma população vulnerável que deve ser protegida.”, explicou o diretor do FGV Social e coordenador da pesquisa, Marcelo Neri, em entrevista à Agência Brasil.

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    Segundo o diretor da FGV, os setores de alojamento e alimentação foram os mais afetados, devido ao isolamento social. “Nesse caso é mais grave, porque além de serem muito afetados pela pandemia, sofrem com a falta de direitos trabalhistas e a proteção em relação a perda do emprego”, disse Neri.

    O estudo apontou que entre as pessoas mais beneficiadas com a possibilidade de mudar os locais de trabalho foram as da classe AB (27,03%). Já entre os mais pobres, o percentual foi muito menor, de 7,96%.

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    O índice maior foi registrado entre os funcionários públicos (34,81%), em seguida, os empregadores (21,17%), os empregados formais (20,05%) e, por último, os trabalhadores autônomos (14,27%). Já por escolaridade, as pessoas com diploma superior representaram 40,06% contra 6,71% daqueles com fundamental incompleto.

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    A possibilidade de trabalhar remotamente também deixou evidente a desigualdade: a disponibilidade de internet é maior para as classes mais ricas. O estudo apontou que nas classes AB, 95% tinham internet domiciliar e 96% fizeram home office. Entre os pobres, somente 62% das pessoas tinham acesso ao on-line e 24,2% trabalharam em casa.

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    A situação se repete para os alunos de classe mais alta, que tiveram melhor condição em participar das aulas remotamente. Crianças de classe AB estudaram três horas por dia durante a pandemia, já os alunos da classe mais pobre estudaram pouco mais de uma hora.

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    Perspectiva

    Para o diretor, “com a vacinação, que avança de maneira planejada, há uma possibilidade de retomada rápida da ocupação, com a volta dos trabalhadores informais”. Mesmo assim, ele acredita que haverá efeitos após esse período.

    “As crianças e jovens que tiveram dificuldade de manter os estudos vão ser mais afetados após a pandemia. Tem que haver políticas públicas para a recuperação da defasagem escolar e oportunidades para esses grupos”, alertou.

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