A semana começou com polêmica para o apresentador Rodrigo Hilbert, do programa Tempero de família, no GNT. O primeiro episódio da sétima temporada, exibido na quinta (10), deu um tapa de pelica na cara do público. Ou melhor, de pelo de novilho. De volta a sua terra natal, Santa Catarina, Hilbert mostrou como é feito um churrasco de filhote de ovelha, do abate (isso mesmo) à brasa. Acompanhado de um churrasqueiro local, ele caçou, matou e colocou o sangue do animal de seis meses para escorrer. Depois, a dupla retirou o couro, os órgãos internos do bicho e a cabeça para fatiá-lo. Nesse momento, o marido de Fernanda Lima se acomodou em um pedaço de couro e disse que parecia um sofá de tão macio. As cenas viraram alvo de críticas na internet, a ponto de o canal decidir apagar as cenas.
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Em nota, o canal disse que “a ideia desta temporada do Tempero de família é retratar, de forma documental, os hábitos alimentares de produtores rurais familiares que passam de geração para geração e as maneiras artesanais de preparo das receitas (…). Inserimos as imagens no programa para documentar a origem dos alimentos que chegam à nossa mesa. Entendemos que as imagens podem ser fortes e, em respeito às manifestações do nosso público, decidimos retirá-las do programa”. Nas redes sociais, Hilbert também se manifestou e pediu desculpas a quem tenha se sentido ofendido:
“Oi, gente! Em primeiro lugar, respeito as opiniões de todos vocês.
Venho de uma família grande, igual a muitas outras nesse Brasil, que tem como tradição plantar e criar o próprio alimento que consome. Foi com esse espírito que a nova temporada do “Tempero de família” se ergueu, com o objetivo de documentar a vida desses pequenos produtores, que cultivam e criam para o autoconsumo. Não tínhamos a intenção de incitar qualquer violência contra animais, mas apenas de registrar o dia-a-dia desses trabalhadores que lutam para criar e alimentar suas famílias. No entanto, por também respeitar aqueles que se manifestaram contra as cenas exibidas no programa, retiraremos as imagens em questão do episódio.
Vou levar isso tudo como um aprendizado. Ao mostrar o abate do animal em uma pequena fazenda, eu acreditava estar chamando a atenção para se conhecer a procedência dos alimentos, para se entender como é a cadeia produtiva do que consumimos. No entanto, qual não foi a minha surpresa ao perceber que, ao invés de passar uma mensagem de conscientização sobre o que comemos, vi surgir o ódio de muitos por mim. Entendo todos aqueles que defendem o amor aos animais. Mas acredito também que possamos fazer isso sem estimular xingamentos ou acusações, e, sim, promovendo a conversa entre todos nós. Se queremos um mundo melhor, vamos começar incentivando o diálogo pacífico e respeitoso.
Reforço as minhas desculpas verdadeiras a quem tenha se sentido ofendido.
Um beijo,
Rodrigo”
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