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“Uma boa cantada pode fazer bem à autoestima”, diz Luana Piovani

Atriz critica exageros no feminismo e no ativismo gay. "O que deveria ofender é a mulher do Sérgio Cabral cuidar dos filhos em casa"

Por Daniela Pessoa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 mar 2018, 12h50 - Publicado em 2 mar 2018, 12h50
Luana Piovani - cantada - feminismo - ativismo gay
 (Divulgação/Divulgação)
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Aos 41 anos, Luana Piovani está acertando os últimos detalhes para gravar a sua primeira cena de nudez no cinema. Ela ainda não pode relevar aspectos da personagem nem da trama, mas conta que topou tudo por causa da história. “Não será um take à toa. Vai valer a pena fazer”, disse. A VEJA RIO, a atriz falou ainda sobre sexo, feminismo e as críticas que vira e mexe recebe na internet.

O que você não aguenta mais que a sociedade imponha à mulher? Fica um pouco instituído que somos mais responsáveis pelos filhos e pela casa do que o homem, mas isso é um pouco culpa nossa. Precisamos dar uma chance aos homens, dividir as tarefas que a gente acha que são mais nossas.

Você é muito criticada por deixar seu marido expor sua intimidade em fotos ousadas nas redes sociais. Fica chateada? Não, até porque não me sinto objetificada por causa disso. Ele curte postar essas imagens, e eu deixo, é um lance nosso. Dou risada das feminázis. Nenhuma delas vai botar o dedo na minha cara dizendo que estou atrapalhando uma luta. Mesmo porque, se tem alguém que luta pelas mulheres, sou eu.

Então às vezes fica irritada com o feminismo? Entendo o movimento, mas acho muito chato a gente ter de passar pelo radicalismo para chegar ao meio-termo. Quando homem diz que mulher não dirige bem, isso não me afeta. Eu não dirijo mesmo. Também não me sinto ofendida quando alguém me chama de gostosa na rua, não levo a sério. Uma boa cantada pode fazer bem à autoestima.

O ativismo gay também anda exagerado? Olha, eu não acho errado cantar Maria Sapatão nem Cabeleira do Zezé. Esse tipo de implicância dá a impressão de que os ativistas querem só mostrar serviço. O que deveria ofender é a mulher do Sérgio Cabral cuidar dos filhos em casa. É o Temer ainda estar no poder. É o Fernando Collor anunciar sua candidatura à Presidência.

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Qual é o seu segredo para acordar empoderada todos os dias? Fazer análise, confiar na minha capacidade e me obrigar diariamente a me sentir linda e feliz. Felicidade é a gente que faz, alegria é escolha de vida.

Aprendeu algo sobre sexo depois dos 40? Se tem algo que aprendi é que a falta gera o desejo. Dê umas férias ao casamento de vez em quando. Às vezes é bom quando cada um viaja para um canto.

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