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Bruno Chateaubriand

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A polêmica do preenchimento virtual

Daniel Coimbra, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, alerta para distúrbios causados pelo excesso de uso de filtros em redes sociais

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Atualizado em 13 ago 2020, 15h56 - Publicado em 12 ago 2020, 16h15
 (Reprodução/Divulgação)
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Chamadas por vídeo, reuniões via Zoom, festas digitais, além de todos os espelhos em casa refletindo nossa imagem durante todos esses meses de restrição social, tem tirado o sono de muita gente. Os olhares para a nossa aparência ficam cada vez mais afiados e críticos, gerando muitas vezes insatisfação com a nossa imagem e aumentando a procura por procedimentos estéticos nos consultórios de dermatologia.

Segundo o dermatologista Daniel Coimbra, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, essa preocupação com a aparência é real e cada vez mais frequente. “Estamos o tempo todo vendo os nossos reflexos nas telas dos telefones, computadores e espelhos em casa, o que pode gerar preocupações mais frequentes com a aparência. Notar pequenos “defeitos” é normal, porém o excesso pode levar a distúrbios graves de aceitação da própria imagem”, explica.

Engana-se quem acha que a insatisfação com a aparência, gerada pelo excesso de uso da tecnologia e confinamento, atinge somente os Millennials (nascidos entre 1979 e 1995). Com o isolamento social, todas as gerações fizeram uso exacerbado das redes, aumentando a procura por procedimentos estéticos. “Hoje as redes sociais ocupam um espaço muito grande na vida de todas as pessoas, independente da idade. O que precisamos ressaltar é que os procedimentos estéticos não são receitas de bolo. Não tem como reproduzir um traço de beleza específico nos consultórios. Cada rosto possui uma anatomia e características diferentes, que irão exigir tratamentos diferentes. É preciso estudar cada caso individualmente e realçar o que cada um tem de mais bonito”, explica Dr. Daniel Coimbra.

Desserviço nas redes

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Para Daniel Coimbra, há de se combater o desserviço que muitas vezes os influenciadores e as redes sociais fazem. Eles acontecem quando profissionais irresponsáveis prometem reproduzir nos consultórios os efeitos dos filtros do Instagram. “Muitas vezes vemos uma foto no Instagram e achamos o resultado incrível, mas no dia a dia, pessoalmente, a pessoa está com a movimentação das expressões comprometidas, com o rosto inchado, completamente diferente da foto. É preciso ter o diagnóstico certo do rosto do paciente para alcançar resultados harmônicos e naturais. O procedimento feito corretamente é aquele que não conseguimos identificar exatamente o que foi feito, apenas ter uma percepção que a pessoa está mais bonita e com o rosto mais leve”, finaliza Dr. Daniel.

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