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Bruno Chateaubriand

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Seis dicas para uma saúde financeira melhor

"Imóvel é um ativo ilíquido e que gera custos" analisa Sigrid Guimarães, especialista em gestão patrimonial.

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6 jun 2020, 14h47
 (Reprodução/divulgação/Reprodução)
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A pandemia de covid-19 vem tirando o sono de muita gente quando o assunto é dinheiro. Afinal, o coronavírus não deu trégua para os boletos e muitas pessoas que perderam parte (ou até totalmente) da renda mensal. Isso sem falar nos projetos adiados, o medo do desemprego e as projeções de recessão no País.
Este tem sido um momento propício para refletir em relação à nossa saúde financeira. Por isso, conversamos com quem domina o assunto: Sigrid Guimarães, sócia e CEO da Alocc Gestão Patrimonial, empresa com escritórios no Rio (Ipanema) e em São Paulo (Jardim Paulistano). “Dinheiro não pode ser visto como vilão ou ser sinônimo de ganância. É preciso entender que dinheiro traz tranquilidade e segurança para o presente e para o futuro. Quando você tem suas finanças organizadas, você tem um plano de vida”, afirma a profissional, que foi executiva da área corporativa da holding das Organizações Globo por 13 anos.

Confira as dicas de Sigrid Guimarães:

1-Saiba qual é o seu custo de vida. Coloque numa planilha todos os seus gastos mensais, de custos fixos até os variáveis, considerando até aqueles extras – vale utilizar o bloco de notas do celular, Excel ou um simples caderninho. Assim, você terá uma visão geral de cada um deles. Faça a comparação com quanto você tem de entrada mensalmente (salário e rendimentos). Esse é o primeiro passo para começar um planejamento financeiro adequado para as suas necessidades e estilo de vida.

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2- Elimine custos desnecessários. Você já notou qual é o custo da sua assinatura de TV a cabo e internet? Já fez as contas de quanto gasta tomando cafezinho fora de casa? Sabe qual é o valor da anuidade do seu cartão de crédito? Faça uma análise dos seus custos recorrentes (mesmo os mais baixos) e veja o que é possível cortar ou reduzir.

3- Tenha uma reserva financeira. O ideal é montar uma reserva financeira – também chamada de “colchão de liquidez” – suficiente para cobrir os seus custos de vida pelo período mínimo de um ano – se possível, até três anos. Este colchão serve para gastos inesperados e emergenciais e para enfrentar qualquer crise de mercado. Esses recursos devem estar líquidos, investidos sem risco e disponível para saque a qualquer momento.

4- Diversifique seus investimentos. Uma vez separado seu colchão de liquidez, diversifique seus investimentos. Uma carteira diversificada em diferentes mercados e diferentes categorias é uma carteira preparada para enfrentar crises. Não invista seus recursos pensando só em rentabilidade, diversificação é sinônimo de proteção.

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5- Imóveis: sim ou não? Certamente você já ouviu o ditado “quem investe em terra, não erra”. Mas os tempos mudaram e é preciso refletir bem sobre esse assunto. Em tempos de crise, liquidez é fundamental. Priorize liquidez sobre imóvel. Mas se você tem um excedente para investir no imobilizado, concentre-se na sua casa própria ou no seu escritório. Imóvel é um ativo ilíquido e que gera custos, como IPTU, condomínio e manutenção. Inerente a ele temos várias questões como a vacância, a depreciação, os impostos na transação e a baixa rentabilidade. As pessoas quebram por falta de liquidez, não por falta de patrimônio.

6- Planeje sua aposentadoria. Depois que você parar de trabalhar, como você manterá o mesmo padrão de vida por 20 ou 30 anos? Poupar e investir são fundamentais para ter uma boa aposentadoria. Quanto mais cedo você iniciar esse planejamento, melhor será. Há uma infinidade de opções de investimentos, cada um com suas características e riscos próprios. A melhor opção é contar com o auxílio de um profissional especializado no assunto. Quem poupa negocia entre viver bem o presente e a segurança no futuro.

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