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Daniela Alvarenga

Por Daniela Alvarenga, médica, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Cabelos ao vento… frio!

O que muda nos cuidados com suas madeixas no inverno, por causa de fatores como menor exposição ao sol, banhos muito quentes e clima seco?

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Atualizado em 1 ago 2025, 13h26 - Publicado em 1 ago 2025, 11h15
No inverno, os cabelos precisam de cuidados especiais, como intensificar a hidratação, evitar banhos muito quentes e ingerir alimentos ricos em proteínas, ferr, zinco, biotina e vitamina D
No inverno, os cabelos precisam de cuidados especiais, como intensificar a hidratação, evitar banhos muito quentes e ingerir alimentos ricos em proteínas, ferro, zinco, biotina e vitamina D (BGStock72/Oneinchpunch Photos/Javi Indy/Divulgação)
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Pensa que é só no Verão que os cabelos precisam de cuidados especiais? Não é, não. Assim como nos dias quentes e ensolarados, com muitos banhos de mar e de piscina, nos dias mais frios as madeixas também sofrem. Muita gente se queixa, por exemplo, de queda acentuada dos fios nesta época do ano. É o chamado eflúvio telógeno sazonal — um tipo de queda de cabelo mais acentuada e temporária. Entre outras razões, isso acontece porque, no outono e no inverno, a tendência é uma menor exposição ao sol, que pode levar a uma redução nos níveis de vitamina D (a exposição solar é fundamental para a produção de vitamina D no organismo), afetando a saúde dos folículos capilares. O ciclo de crescimento dos cabelos, por exemplo, fica prejudicado. As madeixas crescem menos e ficam mais finas e fracas.Pode ser necessária uma suplementação de vitamina D. Sempre com acompanhamento médico, para que ela possa ser feita de forma segura e eficaz. 

Embora seja natural que haja queda de cabelo no inverno, se ela for excessiva, prolongada, com áreas de falha ou afinamento, é muito importante procurar um dermatologista para investigar problemas mais sérios. Pode ser um desequilíbrio hormonal, uma doença autoimune ou o  início de uma alopecia androgenética, por exemplo, doença genética que já foi tema de um artigo aqui na coluna. Exames de sangue podem ajudar a direcionar o diagnóstico. 

O clima mais seco desta época do ano também pode fazer com que o couro cabeludo e as madeixas fiquem mais ressecadas. No couro cabeludo esse ressecamento predispõe à descamação, coceira e irritação. Já os fios ficam mais ressecados, opacos e com frizz. A dica número um é intensificar a hidratação dos cabelos com produtos específicos, como máscaras e leave-in. Shampoos neutros e para couro cabeludo sensível são uma ótima pedida para alternância na rotina.

Outro cuidado importante é evitar banhos muito quentes e demorados. A água muito quente remove o óleo natural do cabeludo, deixando os fios ressecados e sem brilho. Cabelos ressecados são mais propensos ao frizz, embaraçam com mais facilidade, são mais frágeis e mais suscetíveis à quebra. 

Também tem o risco do efeito rebote: o ressecamento pode estimular a produção excessiva de óleo pelo couro cabeludo, para compensar a perda de oleosidade natural. O resultado é um cabelo com aspecto oleoso e o surgimento de caspa. Como abre as cutículas capilares, a água muito quente também pode prejudicar os cabelos tingidos, fazendo com que a cor desbote mais rapidamente. Uma dica é lavar o cabelo com água morna e fazer um último enxágue com água fria, para fechar as cutículas dos fios,  o que contribui para que fiquem mais fortes, bonitos e saudáveis.

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Outra questão é que, nos dias mais frios, muita gente acaba optando por lavar os cabelos com menos frequência. Pode não ser uma boa ideia. A periodicidade para a lavagem dos cabelos depende de uma série de fatores, como o tipo de cabelo e o lugar onde a pessoa vive. Não existe, portanto, uma regra que valha para todo mundo. Assim como acontece com a pele, as características dos cabelos variam muito de pessoa para pessoa, e os cuidados também. Em geral, é recomendável lavar os cabelos todos os dias para quem mora em lugares mais úmidos ou tem os cabelos mais finos e oleosos. Quem tem os fios mais secos pode lavar em dias alternados. 

Há quem consiga ficar mais de cinco dias sem lavar os cabelos. Mas isso não é aconselhável. Além de concentração de sujeira e a possibilidade de mau cheiro, ficar muito tempo sem lavar os cabelos  pode levar a um excesso de oleosidade e acúmulo de sebo, causando dermatite seborreica e até infecções mais graves, provocadas por fungos. 

Seu dermatologista pode ajudá-lo a definir a periodicidade da lavagem e a melhor combinação de shampoos, levando em consideração couro cabeludo e cabelos. Se for usar condicionador, aplique apenas nos fios, não no couro cabeludo. Por fim, lembre-se de secar bem as madeixas após o banho, não dormir com os cabelos molhados e, claro, manter uma alimentação balanceada. No inverno, a tendência é consumir menos alimentos frescos e ricos em vitaminas e minerais, como frutas, verduras e legumes. Isso pode levar à deficiência de nutrientes, como ferro, zinco, biotina, vitamina D e proteínas, essenciais para a saúde dos cabelos. Inclua na dieta alimentos ricos em proteínas (ovos, carnes magras, leguminosas); ferro (espinafre, feijão, carne vermelha); zinco (castanhas, sementes de abóbora, frutos do mar); biotina (B7) (gema de ovo, banana, aveia); vitamina D (peixes gordurosos, cogumelos, gema de ovo e, se necessário, suplementação). 

Não devemos negligenciar o estresse (aumento do cortisol) e as alterações emocionais que podem ocorrer nessa época do ano, impactando negativamente a saúde capilar. Técnicas como meditação, exercícios físicos, hobbies e sono de qualidade ajudam bastante a controlar o estresse.

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