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Daniela Alvarenga

Por Daniela Alvarenga, médica, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Sintonia da beleza

A importância da integração entre dermatologia e cirurgia plástica

Por Daniela Alvarenga Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 ago 2025, 17h07 - Publicado em 21 ago 2025, 17h15
Dermatologistas e cirurgiões plásticos, cada vez mais, atuam juntos, em busca dos melhores resultados
Dermatologistas e cirurgiões plásticos, cada vez mais, atuam juntos, em busca dos melhores resultados (Valua Vitaly/Reprodução)
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Diante de tantos avanços, novas tecnologias, protocolos atualizados, produtos inovadores, que vêm revolucionando a medicina estética, nos últimos anos, tanto na dermatologia quanto na cirurgia plástica, as duas especialidades, cada vez mais, caminham juntas, atuando de forma integrada. E nessa integração está a chave do sucesso de muitos tratamentos.

É muito importante saber o momento certo de recorrer a procedimentos dermatológicos e quando a cirurgia plástica é a melhor solução. Muitas vezes, ouvimos essa pergunta em nossos consultórios: “Na busca pelo rejuvenescimento facial, por qual especialidade optar?”. A decisão vai depender das queixas, expectativas e objetivos de cada paciente. Sempre com foco em oferecer a ele soluções personalizadas, de acordo com a ética e a transparência, indicando os caminhos para o rejuvenescimento que preservem a naturalidade e realcem a beleza, sem transformar as feições.

A dermatologia costuma ser a porta de entrada no universo estético. Na nossa especialidade, atuamos de forma preventiva, tratando sinais iniciais do envelhecimento, melhorando a textura da pele e fazendo com que a necessidade cirúrgica seja postergada. Quando há a necessidade de uma cirurgia futura, para correções mais profundas, o paciente se beneficia deste tratamento precoce. Conversei sobre isso com o cirurgião plástico Evaristo de Moraes, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).  “Quando o paciente chega com a pele bem cuidada, fruto de protocolos adequados, produtos de qualidade e bom senso na indicação, o impacto no resultado cirúrgico é extremamente positivo”, diz ele. “Uma pele saudável e com boa elasticidade facilita o posicionamento dos tecidos, favorece a cicatrização e contribui para um resultado mais duradouro. No meu trabalho, busco sempre preservar a naturalidade: o objetivo não é transformar a fisionomia, mas sim rejuvenescer e devolver frescor, mantendo a identidade e a expressão únicas de cada paciente”.

Os procedimentos dermatológicos podem não ser mais suficientes para atingir os resultados desejados quando, por exemplo, há excesso de flacidez, envelhecimento avançado ou alterações estruturais que só podem ser tratadas cirurgicamente. Nessas situações, a cirurgia plástica é o caminho mais eficaz e seguro. Com planejamento e técnica adequada, é possível promover mudanças profundas, que depois podem ser otimizadas e mantidas com tratamentos dermatológicos.

Um exemplo de como as duas especialidades podem trabalhar juntas, beneficiando o paciente: um lifting facial terá melhores resultados se o nível de colágeno estiver adequado, se a pele estiver mais densa, com menos rugas, resultado de técnicas como ultrassom microfocado, radiofrequência monopolar, bioestimuladores e toxina botulínica. O resultado cirúrgico pode ser potencializado com laser CO2 fracionado durante a cirurgia ou no pós-operatório.

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Outro exemplo: uma lipoaspiração pode ter seus resultados refinados com bioestimuladores de colágeno; e uma blefaroplastia (procedimento cirúrgico para corrigir o excesso de pele e gordura nas pálpebras superiores e inferiores) pode se beneficiar da toxina botulínica (botox) e do skinbooster (aplicação do ácido hialurônico na derme, a camada intermediária da pele, com o objetivo de melhorar a qualidade da pele através da hidratação profunda, resultando em maior elasticidade e firmeza), para uma aparência ainda mais harmônica.

Uma preocupação muito comum é com a fibrose que pode ser causada por bioestimuladores de colágeno — como o ácido poli-L-láctico (Sculptra®️) e a hidroxiapatita de cálcio (Radiesse®️). O que a experiência clínica mostra — e muitos estudos reforçam — é que, quando bem indicados e aplicados corretamente, os bioestimuladores não causam fibroses patológicas, mas sim uma neocolagênese organizada, controlada, que melhora a qualidade da pele e a firmeza dos tecidos.

Em outras palavras: eles estimulam a produção de colágeno de forma natural, o que, ao invés de dificultar, pode colaborar para o bom resultado de uma cirurgia plástica futura, deixando os tecidos mais saudáveis e com melhor resposta cicatricial. Desde que, claro, sejam usados produtos de qualidade, aprovados por agências reguladoras, com respaldo em estudos científicos, garantindo sua segurança e eficácia. E com a técnica correta! Se aplicados de maneira inapropriada, em excesso, os bioestimuladores podem, sim, gerar fibrose e distorção anatômica, comprometendo o bom andamento da cirurgia e influenciando o resultado.

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Os riscos podem ser minimizados com a escolha de profissionais qualificados, experientes, e com a união de dermatologistas e cirurgiões plásticos em torno de um objetivo comum: oferecer aos pacientes tratamentos seguros, personalizados e com resultados naturais e duradouros.

E após uma cirurgia plástica? O paciente pode abandonar o tratamento dermatológico? Claro que não!!! O processo de envelhecimento não para. De três a 6 meses depois, ele deve estar de volta para continuarmos os estímulos, refinarmos o resultado cirúrgico com um ou outro preenchimento que se faça necessário, mantermos a toxina botulínica e ajudarmos na manutenção dos resultados por mais tempo.

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