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Gilberto Ururahy

Por Gilberto Ururahy, médico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista em medicina preventiva

Envelhecer com talento e a importância do diagnóstico precoce

A população de idosos necessita de abordagem cada vez mais humanizada

Por Gilberto Ururahy
18 Maio 2022, 19h04
Homem e mulher idosos fazem exercícios físicos.
O estilo de vida saudável é a chave para uma longevidade com autonomia. (Shutterstock/Reprodução)
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No ciclo da vida, nascemos, de forma geral, com saúde. Ao longo do crescimento, o estilo de vida saudável e a prática da Medicina Preventiva farão muita diferença para a busca da longevidade com autonomia. Até o final da vida, aqueles que desenvolvem o estilo de vida saudável e prevenção sofrem menos e tendem a ter uma morte digna.

Hoje, vivemos mais. Para cada ano vivido pela Humanidade, ganhamos três vezes expectativa de vida. Quem nasce hoje, portanto, viverá um século. Devemos ter uma abordagem diferente para o idoso. É na terceira idade que, em função das doenças crônicas, eles se tornam mais frágeis. No campo emocional, as inseguranças afloram: a velhice espiona a morte.

A pandemia foi muito cruel com os idosos: famílias se separaram e a proibição dos idosos de estarem junto a seus filhos e netos fragilizou ainda mais a saúde da população já tão sensível. O isolamento e a solidão marcaram muito nossos idosos. Quanto perderam vidas em suas residências? Quantos desenvolveram sequelas físicas e emocionais graves. Sem dúvida, a população de idosos necessita de abordagem cada vez mais humanizada.

Se compararmos o que se passou na pandemia em solo americano, país das comorbidades, onde mais de um milhão de pessoas portadoras de doenças crônicas faleceram; e o que ocorreu no Japão, país da longevidade onde perderam a vida 30 mil indivíduos, a diferença é enorme.

Em recente entrevista a uma jornalista no Japão, uma anciã de 112 anos foi questionada sobre o segredo de sua longevidade. A resposta foi simples e objetiva: ando muito, como pouco e durmo bem. São as doenças crônicas, como obesidade, diabetes, hipertensão arterial e câncer que precedem as causas de morte mais comuns no mundo atualmente: os enfartes do miocárdio, os AVCs e o próprio câncer.

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Os idosos são, imunologicamente falando, mais frágeis e se recuperam mais lentamente de doenças que os acometem. Sob a ótica de sua estrutura corporal, o idoso geralmente sofre com fragilidades ósseas e musculares e no âmbito neurológico, a depressão e as demências afloram.

O estilo de vida saudável – ou seja, com boa alimentação, consumo moderado de álcool, sono reparador e prática regular de exercícios físicos – aliado ao diagnóstico precoce das doenças crônicas, incluindo o câncer, são o caminho para a longevidade com autonomia.

Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, criou a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França e autor de três livros: “Como se tornar um bom estressado” (Editora Salamandra), “O cérebro emocional” (Editora Rocco) e “Emoções e saúde” (Editora Rocco).

 

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