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Gilberto Ururahy

Por Gilberto Ururahy, médico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista em medicina preventiva

Ultraprocessados aumentam risco de morte precoce, afirma novo estudo

Alimentos como sorvetes, biscoitos, refrigerantes, doces, cereal matinal e macarrão instantâneo fazem parte dos ultraprocessados

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14 jul 2025, 13h17
Mesa com alimentos ultra processados.
Número de consumidores de alimentos ultraprocessados no Brasil só faz crescer. (Freepik/Reprodução)
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Estudo de pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a partir de dados de consumo alimentar em oito países, incluindo o Brasil, apresentou dados reveleadores. Segundo a pesquisa, a cada 10% de aumento da ingestão de alimentos ultraprocessados o risco de morte prematura sobe 3%. De acordo com a pesquisa, as mortes precoces que podem ser atribuídas a esses alimentos variam de 4% até cerca de 14%, conforme a quantidade de ultraprocessados na dieta em cada país. As conclusões do estudo são apresentadas em artigo da revista científica American Journal of Preventive Medicine.

O estudo analisou dados de consumo alimentar e mortalidade de quase 240 mil participantes em oito países: Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, México e Reino Unido, apresentando diferentes níveis de consumo de ultraprocessados, variando de 15% das calorias na Colômbia até perto de 55% nos Estados Unidos e Reino Unido. Segundo os pesquisadores, mesmo em cenários de consumo relativamente menor de ultraprocessados, existe um peso significativo sobre a saúde da população. Ou seja: quanto maior o consumo, maior o impacto na mortalidade.

Especificamente quanto ao Brasil, embora o país esteja no grupo da pesquisa que menos consomem ultraprocessados, os dados confirmam que a exposição e o consumo deste grupo alimentar só fazem crescer. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares, a estimativa é de 25 mil mortes precoces ao ano associadas a ultraprocessados (o equivalente a 4,5% do total).

Alimentos ultraprocessados, como sorvetes, biscoitos, refrigerantes, doces, cereal matinal, macarrão instantâneo e outros industrializados, são feitos a partir de substâncias derivadas de alimentos ou sintetizados, como amidos modificados, proteínas, isoladas, óleos refinados e aditivos cosméticos, com pouco ou nenhum alimento in natura ou minimamente processado. São alimentos ricos em sódio, açúcar e gorduras e, por isso, desequilibrados nutricionalmente. Geralmente tem baixo custo para o consumidor e são de fácil agrado para o paladar, uma combinação bastante atrativa, porém nociva à saúde de quem os consome. É comprovado que a ingestão de ultraprocessados está associado a risco de diversas doenças, como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e digestivas, e até depressão.

A alimentação equilibrada é um dos pilares para uma vida saudável, além de outras ações positivas, como a prática de exercícios físicos, realização de check-ups regulares, sono reparador, consumo reduzido de álcool e distância do cigarro.

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Saúde é prevenção!

Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, inaugurou a Med-Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico e medicina preventiva. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França, é membro honorário da Academia Brasileira de Medicina de Reabilitação e coautor de livros: Como tornar-se um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (Rocco), Emoções e saúde (Rocco) e Saúde é prevenção (Rocco, com o médico Galileu Assis). Ururahy é diretor da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Rio) e Chairman do Comitê de Saúde e diretor da Câmara de Comércio França-Brasil e Coordenador do Comitê de Saúde.

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