De Juliette a MC Mirella: lifting dos seios vira queridinho das famosas

Não confunda mamoplastia com mastopexia. A primeira engloba qualquer cirurgia que altere o formato e volume das mamas. Já a mastopexia, também conhecida como lifting mamário, é um procedimento cirúrgico para corrigir a queda das mamas e posição, podendo ter alteração no volume ou não. A cirurgia tem se tornando mais popular no Brasil conforme influenciadoras e artistas comentam sobre terem feito o procedimento em suas redes, muitas vezes tirando algumas dúvidas das seguidoras. A celebridade que mais recentemente fez a cirurgia e falou sobre o tema foi a MC Mirella: “Eu fiz mastopexia com cicatriz de T reverso. O médico com quem eu fiz é um especialista, então tudo vai ficar bem delicado. Fiz lipo e lipoenxertia glútea, em que toda a gordura que sobrou colocaram no meu bumbum”, explicou.

Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o Brasil está no topo do ranking de procedimentos cirúrgicos estéticos. As cirurgias de mama estão em primeiro lugar, sendo que a mastopexia, com frequência combinada com os implantes mamários, ocupam posição de destaque. Grande parte das mulheres que optam por esta cirurgia estão na faixa etária de 30 a 50 anos, quase sempre após amamentar os filhos.

A amamentação, a gravidez, a hereditariedade, as oscilações de peso e o envelhecimento da pele estão entre os motivos que acentuam esta queda progressiva dos seios. Indicada para casos em que ocorre flacidez mamária, portanto, a mastopexia consiste, num primeiro entendimento, na retirada do excesso de pele para uma melhor sustentação. Através dele, há um reposicionamento dos mamilos e dos tecidos para criar um novo contorno dos seios. Pode-se também reposicionar os mamilos, já que em alguns casos de queda de mama eles ficam voltados para baixo. O lifting dos seios também é aplicado para corrigir casos de assimetria mamária, quando um lado está mais baixo que o outro, por exemplo.

Nas redes sociais, em 2022, a cantora Juliette contou que fez mastopexia (apelidada de masto) pela segunda vez. “Há oito anos tirei o excesso de pele, fiz a masto e coloquei uma prótese de 250ml, (pois) como tinha emagrecido muito, sobrou muita pele. Dessa vez, eu tinha umas aderências da prótese, já era antiga, aí tirei essas aderências, fiz masto novamente, porque a prótese já tinha cedido e diminui, estou com 225ml, diminuiu um pouco, mas tirei muita gordura”.

Há alguns tipos diferentes de técnicas para a realização da cirurgia, relacionadas ao grau de flacidez da mama, o que resulta também em diferentes cicatrizes. Uma delas é periareolar, mais usada em casos de pequenas correções, com a incisão feita ao redor da aréola. Outra técnica é a vertical (ou Lollipop), que, como o nome já diz, é reta, da aréola até a dobra do seio, mais aplicada quando há necessidade de uma sustentação moderada. Há ainda uma técnica para casos de flacidez mais severa. Nela, se aplica a cicatriz em T invertido, também chamada de âncora. Faz-se uma incisão ao redor da aréola, outra vertical e mais uma horizontal na dobra do seio (chamada de prega mamária).

O resultado final, como em qualquer cirurgia plástica, aparece ao longo dos meses seguintes. As cicatrizes são permanentes, mas melhoram, em geral, com o tempo. Normalmente as pacientes colocam na balança a possibilidade de fazer a cirurgia versus o custo de ter uma cicatriz para sempre. É uma decisão individual, que deve ser tomada, como gosto de reforçar, em conjunto com um medico experiente, comprometido e responsável. Com o tempo, é esperado que a aparência das mamas que passaram pela mastopexia mude um pouco, já que o processo de envelhecimento humano é constante. Vale lembrar que quanto melhor o estilo de vida e a manutenção de um peso saudável mais prolongados serão os resultados. Então, pratique exercícios e procure ter uma vida mais leve. Faz bem e contribui para os bons resultados na cirurgia plástica.

Guilherme Ferretti é médico e cirurgião plástico. Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Atua na cirurgia de contorno corporal, estética, reparadora e lesões de pele, com mais de uma década de experiência na especialidade da cirurgia plástica reparadora pós-bariátrica.

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