Claudia Andujar, 94 anos, sobre os Yanomami: “É uma luta que não acaba”
A fotógrafa suíça radicada no Brasil desde 1955 esteve na abertura de "Claudia Andujar e seu universo: Ciência, sustentabilidade e espiritualidade”




Museu do Amanhã movimentadíssimo nessa quinta (17/07): “Ocupação Esquenta” pela COP 30, a maior conferência climática da ONU. A fotógrafa Claudia Andujar, 94 anos, suíça radicada no Brasil desde 1955, com especial relação com o povo Yanomami, esteve na abertura das três mostras e, claro, na “Claudia Andujar e seu universo: Ciência, sustentabilidade e espiritualidade”, com curadoria de Paulo Herkenhoff.
São 130 registros feitos a partir dos anos 1970, em aldeias de Roraima, uma das três inauguradas junto com “Água Pantanal fogo”, com fotos de Lalo de Almeida (vencedor do World Press Photo) e Luciano Candisani, sobre a riqueza e a recente destruição do bioma por incêndios criminosos; e “Tromba d’água” reunindo 27 trabalhos de 14 artistas do Brasil, Argentina e Guatemala, em diferentes linguagens e técnicas, como pintura, escultura, foto e videoarte.
Quando perguntada sobre como é ver seu trabalho sendo fonte de inspiração para os mais jovens, Claudia respondeu: “Estou surpreendida pelo interesse que se mantém e cresce. Com todas essas vozes nós vamos continuar a lutar, porque essa é uma luta que não acaba.”
Constam ainda trabalhos de Cildo Meireles, Walter Firmo, Sebastião Salgado, Maureen Bisilliat, Denilson Baniwa, Xadalu e a chilena Seba Calfuqueo, os três últimos de ascendência indígena, para complementar a mostra, que ocupa 1.200 m² do museu.
A empreendedora e comunicadora Ana Paula Xongani foi a mestre de cerimônias. Faziam parte do público: Ricardo Piquet, presidente do IDG; Cristiano Vasconcelos, diretor-executivo do museu; e Lucas Padilha, secretário de Cultura.