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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Lavagem do Arpoador com surfistas levando oferendas para Iemanjá! Temos 

"Essa celebração dá visibilidade e enaltece a enorme contribuição do negro na formação da cultura carioca", diz idealizador

Por lu.lacerda
Atualizado em 17 jan 2025, 18h29 - Publicado em 17 jan 2025, 18h00
iemanjá
O evento do ano passado, que levou 25 mil pessoas ao Arpoador (Karen Eppinghaus/Divulgação)
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Depois de ter 25 mil pessoas na 2ª edição, ano passado, o Dia de Iemanjá do Arpoador tem muitas atrações para 2 de fevereiro, das 8h às 22h, tudo de graça. Um dia antes, às 18h, vai acontecer a Lavagem do Arpoador, pela primeira vez na história, com o Afoxé Filhos de Gandhi, pioneiros na entrega de presente a Iemanjá na cidade, seguido do bloco afro tradicional  Lemi Ayó, de Madureira.

Ainda, ao longo do dia 1º, o artista de praia Rogean vai montar uma estátua de areia gigante de Iemanjá.
No domingo, a concentração é na estátua do Tom Jobim. Os surfistas que estão sempre ali foram convidados para entrar no mar, com flores, em oferendas, às 17h, momento para formar uma boa memória! Rsrrsrsrssrs! Ao mesmo tempo, 150 umbandistas de 10 terreiros e de umbanda da Região Metropolitana do Rio vão abrir as giras nas areias, dando passes para quem quiser receber o axé.

“A festa para Iemanjá carioca era uma tradição antiga, inventada pelos terreiros nas areias da Zona Sul, liderada pelo pai de santo e sambista Tatá Tancredo em 31 de dezembro, dia de Iemanjá na umbanda. Poucos sabem que essa foi a origem do grandioso Réveillon de Copacabana — que acabou tornando-se a maior festa de rua do mundo, com seus costumes, tais como se vestir de branco, jogar flores no mar e pular as sete ondas na virada”, lembra Marcos André, músico e criador do evento e um dos líderes de comunidades de Quilombos do Vale do Café.

Com o tempo, cada vez mais, gente se amontoava para ver a meia-noite chegar; depois vieram os espetáculos de fogos e shows, que expulsaram os terreiros da virada nas praias. “Essa celebração dá visibilidade e enaltece a enorme contribuição do negro na formação da cultura carioca e revela a história de Tatá Tancredo”, diz Marcos, que vai levar mais ou menos 450 mestres, entre líderes religiosos, artistas e filhos de santo, da rede de comunidades tradicionais que ele coordena em Madureira e em comunidades tradicionais do interior do Estado.

O ritual de oferendas será liderado pelo Mestre Bangbala, de 105 anos, o Ogan mais antigo do país em atividade e patrono do evento, juntamente com Pai Dário, descendente da Casa Branca, primeira casa de candomblé do Brasil e um dos líderes do jongo do Morro da Serrinha. Como nos outros anos, só oferendas biodegradáveis e, ao final do evento, o público será convidado a limpar as areias, do calçadão e da Pedra do Arpoador.

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Mas, antes, roda de samba num palco montado ao lado da Pedra do Arpoador, com o Samba Jongo, com Nina Rosa, Mingo Silva, Marcos André e Samba de Caboclo com a participação especial do Pretinho da Serrinha.

A Feira Crespa também estará com barracas de moda, artesanato e gastronomia sob o comando de afro-empreendedores no Parque Garota de Ipanema.

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