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Otavio Furtado

Por Otavio Furtado, jornalista e consultor de diversidade & inclusão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Como o autismo influenciou o trabalho de Vitor Fadul

Cantor teve diagnóstico tardio, aos 25 anos, junto com o lançamento do seu primeiro single

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25 jun 2024, 08h42
Vitor Fadul fala sobre autismo
 (Alex Lyrio/Divulgação)
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Para Vitor Fadul os 25 anos foram um marco importante. Além de ter lançado nesta idade o seu primeiro single, o cantor teve na mesma época um diagnóstico tardio do espectro autista. Coincidência? Ele afirma que sim, até porque já trabalhava em seu primeiro projeto há alguns anos.

Filho de evangélicos, Vitor deve as primeiras oportunidades acompanhando o pai que cantava na igreja. “Meu pai sempre teve o sonho e ser artista e acabou me influenciando muito e me incentivando”, comenta. Suas inspirações maiores vieram da pop music, como Beyoncé a quem se declara fã desde pequeno. Mas foi quando viu Adam Lambert cantando, aos quinze anos, que entendeu o que queria para a sua carreira. “Sempre ouvi muito o Adam. O que ele faz é mágica”, declara.

Foram 10 anos desde a composição do primeiro single até o lançamento do álbum, em um trabalho de construção. “Fui desenvolvendo o trabalho até que passei pra fase de execução, tendo em mente que estava construindo esse projeto a cada single”. Foi assim até o sexto lançado quando explicou aos fãs que tratava-se de um álbum completo e mostrou que a construção do mesmo foi feita com o apoio deles também.

Mas é claro que suas vivências acabam influenciado em seu trabalho. “O diagnóstico explica que não sou o ‘ET’ que me sentia em parte da minha vida. Quando tem o diagnóstico começo a entender que ele faz parte de como foi todo o meu desenvolvimento. Tudo que eu faço tem a ver com o autismo, logo todas as especificidades do meu trabalho, das ideias de como pensei a minha construção enquanto artista passa por ele”.

Panapaná, nome do álbum, significa coletivo de borboleta. Nada mais apropriado para a ideia do artista na criação do seu trabalho. “Faço uma metáfora que tem como mensagem a construção, seja ela consciente ou inconscientemente. Finalizar esse trabalho significa que eu me transformei a ponto de conseguir fazer isso acontecer. Daquele ser que rasteja ao que fica por um tempo no casulo e voa”, finaliza.

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