Entenda como evitar dor de cabeça no inventário com holding familiar
Especialista explica o que é a modalidade que evita gastos excessivos em inventários

Não bastasse o processo do luto de um ente querido, lidar com inventário pode ser uma dor de cabeça ainda maior com as altas taxas de cartórios, honorários e impostos. Por isso cada vez mais é comum o uso de soluções como a holding familiar para deixar esse processo mais simples e menos custoso.
“É uma solução estratégica que permite um planejamento patrimonial mais seguro e eficiente. Ao transferir os bens para uma empresa, os herdeiros evitam os custos elevados do inventário e garantem uma transição mais tranquila e ágil”, explica o advogado Renan Affonso.
Os herdeiros são obrigados a iniciar o processo de partilha de bens até 30 dias após o falecimento. Os custos envolvem taxas judiciais, cartório de imóveis, honorários advocatícios, emolumentos, registros e outros encargos podem representar até 40% do patrimônio.
Para diminuir a burocracia e os gastos, a família cria uma empresa que funciona como um “cofre” no qual ficam guarnecidos os bens. Dessa forma, os imóveis, fazenda, automóveis e demais ativos passam a pertencer juridicamente à empresa, garantindo que, no falecimento do proprietário, a transição ocorra sem a necessidade de um inventário tradicional.
“Além da economia, há uma grande vantagem jurídica: como os bens já pertencem à holding, a sucessão ocorre de maneira automática, sem a necessidade de um processo demorado e custoso”, completa o especialista.