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Otavio Furtado

Por Otavio Furtado, jornalista e consultor de diversidade & inclusão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Tudo que sabemos sobre o primeiro-ministro gay da França

Gabriel Attal é a pessoa mais jovem e primeira abertamente gay a assumir o cargo no governo francês

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9 jan 2024, 15h59
Primeiro-ministro gay da França
 (Instagram/Reprodução)
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Emmanuel Macron nomeou nesta terça-feira (09/01) Gabriel Attal para ocupar a vaga deixada por Élisabeth Borne, que pediu demissão. Dessa maneira ele se torna a pessoa mais nova no cargo, além de ser um inédito primeiro-ministro gay da França.

Vale ressaltar que diferente do Reino Unido, por exemplo, o primeiro-ministro não é  o chefe do poder executivo na França. Subordinado ao presidente, Attal se torna o líder do governo no parlamento. Isso acontece em um momento em que o presidente francês lida com um parlamento mais barulhento desde que perdeu a maioria absoluta pouco depois de ser reeleito (2022).

Especialistas acreditam que a escolha é uma aposta de Macron de tentar melhorar as chances do seu partido nas eleições de junho da União Europeia. Pesquisas mostram que o campo político do presidente está atrás do partido de extrema direita da líder Marine Le Pen. Em contrapartida, em recente pesquisa do Instituto Ipsos foi apontado como o político mais popular da França.

Gabriel Attal primeiro-ministro da França
Macron aposta na popularidade de Gabrielk Attal para ajudar nas eleições da União Europeia (Instagram/Reprodução)

Com apenas 34 anos, Gabriel Attal teve uma carreira meteórica na política. Ao se tornar um inédito primeiro-ministro gay da França dá um passo ainda maior na carreira. Há dez anos era apenas um conselheiro do Ministério da Saúde sem grande projeção. Em 2017 se tornou membro do parlamento e chamou a atenção do presidente francês pelos seus discursos. Aos 29 anos tornou-se o ministro mais jovem da Quinta República ao ter um posto júnior na educação. Seu rosto se tornou amplamente conhecido em 2020, quando foi porta-voz do governo.

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Após a reeleição de Macron teme um período breve como Ministro do Orçamento até que assumiu a pasta da educação, em que estava a frente até o momento. Durante seu período neste ministério liderou uma campanha contra o bullying, assunto sensível já que afirma ter sido vítima, e de envolveu em polêmica ao proibir as as vestes abaya muçulmanas nas escolas francesas.

Na vida pessoal é casado com um líder de seu partido, Stéphane Séjourné, e sua revelação sobre o preconceito sofrido por conta de sua sexualidade em uma das escolas mais prestigiadas de Paris, a l’Ecole Alsacienne, o tornou ainda mais popular. 

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