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Rita Fernandes

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Um olhar sobre a cultura e o carnaval carioca
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Carnaval de rua em debate e apresentação gratuita de blocos no MAR

Desenrolando a Serpentina, projeto gratuito realizado pela Sebastiana, reúne debates, blocos, Djs, feira gastronômica e roda de samba

Por Rita Fernandes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
4 out 2023, 09h32
O carnaval de rua vem crescendo nas capitais, a exemplo do que acontece no Rio.
O carnaval de rua vem crescendo nas capitais, a exemplo do que acontece no Rio.  (Publius Vergilius I Sebastiana/Divulgação)
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Faltam quatro meses para o carnaval, mas o assunto já toma conta da cidade e balança o Museu de Arte do Rio no próximo fim de semana. A Sebastiana (Associação de Blocos de Rua do Rio) promove na sexta (6) e no sábado (7), a 17ª edição do Desenrolando a Serpentina, evento que coloca em discussão as principais questões ligadas ao carnaval de rua do Rio e das principais cidades do Brasil.

Realizado pela primeira vez no MAR, reúne especialistas, organizadores de blocos, gestores públicos em  quatro mesas de conversas, com a participação de 18 debatedores do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Recife. A programação é totalmente gratuita e se estende com apresentações musicais de blocos e roda de samba, além de feira gastronômica, na área dos Pilotis.

Na sexta, a música fica por conta do bloco Superbacana, que faz tributo a Gal Costa e Rita Lee, e do Bloco 442. No sábado, é a vez do samba com a roda do Sambotica e participação da cantora Marina Iris. O DJ Doni e a DJ Cris Pantoja completam a programação.

Bloco Superbacana faz tributo a Gal e a Rita Lee no Desenrolando a Serpentina.
Bloco Superbacana faz tributo a Gal e a Rita Lee no Desenrolando a Serpentina. (Rodrigo Lopes/Divulgação)

Conversa de carnaval

A liberdade de corpos e a ocupação livre de territórios compõem a primeira mesa do seminário, com o tema Corpos Políticos e Carnaval Livre. No debate, representantes de blocos, como Tomás Ramos, integrante do movimento Ocupa Carnaval, músico do Bloco Nada deve parecer impossível de mudar; a pernalta e diretora do Bloco da Terreirada, personagem ícone do carnaval carioca, Raquel Potí; a passista do Salgueiro e coreógrafa do Bloco Amigos da Onça, Iara Cassano; e Thais Haliski, da Comissão Feminina do Carnaval de Rua de São Paulo. A mediação será de Andréa Estevão, do Bloco Meu Bem, Volto Já e pesquisadora de Carnaval.

Em seguida, o crescimento no carnaval de rua e o desafio da gestão pública em capitais como Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Recife é o centro do debate. Uma troca de experiencias de modelos que tiveram que se adaptar a um aumento significativo no número de blocos nos últimos anos e os desafios impostos por milhões de pessoas nas ruas. Participam dessa mesa, Isaac Edington, presidente da Saltur (Salvador): André Brasileiro, gestor do carnaval de Recife; Marah Costa, diretora de eventos da Belotur (Belo Horizonte); Vander Lins, coordenador de carnaval da secretaria de Cultura de São Paulo; e Ronnie Costa, presidente da Riotur (Rio de Janeiro), que organiza o carnaval. A mediação será minha, como jornalista especializada no tema e presidente da Sebastiana.

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No sábado, a importância do carnaval de rua na formação de redes de trabalho ao longo do ano, em uma análise dos representantes dos blocos e de especialistas, como Victor Belart, pesquisador da UERJ e jornalista da plataforma Cidade Pirata; Thais Bezerra, maestrina e representante do Bloco da Terreirada; Alessa, do Arrastão de Blocos e da Comissão Feminina do Carnaval de Rua de São Paulo; Gustavo Caetano, fundador e mestre de bateria do Samba Queixinho, de Belo Horizonte; a ativista e líder comunitária Maria Chocolate, diretora do bloco Embalo de Saracuruna e da Braduc – Liga de Blocos de Duque de Caxias; e José Cury, coordenador do Fórum de Blocos de São Paulo e presidente do Bloco Me Lembra Que Eu Vou. João Avelleira, presidente do bloco Suvaco do Cristo e da ONG Divinas Axilas, além de diretor da Sebastiana, conduz essa conversa.

O seminário encerra com o tema Economia Criativa e Desenvolvimento no Carnaval de Rua, com a secretária de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio, Danielle Barros; o secretário de Cultura de Recife, Ricardo Mello; o subsecretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação do Rio de Janeiro, Marcel Balassiano; a doutora em Sociologia e especialista em Economia Criativa, Claudia Leitão; e o professor da UFBA e pesquisador do Carnaval de Rua, Guilherme Varella. Divido a condução desta mesa com Rodrigo Rezende, presidente da Liga Amigos do Zé Pereira.

O Bloco 442, um dos mais jovens do Rio, se apresenta no encerramento da noite de sexta.
O Bloco 442, um dos mais jovens do Rio, se apresenta no encerramento da noite de sexta. (Divulgação/Divulgação)

Carnaval até na pandemia

O Desenrolando a Serpentina, que se tornou o mais importante espaço de debate do carnaval de rua nacional, acontece desde 2003, colocando frente a frente representantes de blocos e ligas, parlamentares, gestores e outros atores da mais importante manifestação cultural brasileira. O projeto já passou por equipamentos culturais importantes do Rio, como o Instituto dos Arquitetos do Brasil, Planetário, CRAB – Centro de Referência do Artesanato Brasileiro, Teatro Tom Jobim, entre outros. Nos dois anos de pandemia, o projeto foi realizado de forma virtual, mantendo sua permanência no calendário nacional, e colocando em pauta, inclusive, as questões de saúde ligadas aos eventos de rua.

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A 17ª edição do Desenrolando a Serpentina é uma realização da Sebastiana, com apresentação da Prefeitura do Rio e da Riotur, conta com o apoio do MAR – Museu de Arte do Rio, e apoio institucional da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.

“A Riotur reconhece o Carnaval de Rua como a expressão mais legítima do carnaval popular. Trabalhamos sempre para que todas as regiões da cidade desfrutem da festa de forma democrática. Em 2024, o Carnaval de Rua vai contar com um grande esquema logístico e operacional de todos os órgãos públicos municipais, para garantir a alegria dos foliões”, explica Ronnie Aguiar, presidente da Riotur.

Além de blocos, tem roda de samba com Sambotica e Marina Iris nos pilotis.
Além de blocos, tem roda de samba com Sambotica e Marina Iris nos pilotis. (Divulgação/Divulgação)

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO EVENTO:

SEXTA-FEIRA (06 DE OUTUBRO)

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Mesa 1: Corpos Políticos e Carnaval Livre – 11h às 13h – AUDITÓRIO

De quem é a rua? Essa pergunta se impõe ano a ano, em todas as cidades. O carnaval é um território livre. E, além do território geográfico, há os corpos que se manifestam como territórios individuais. Eles se tornaram a fantasia, forma de protesto, veículo de pautas sociais. O que vem acontecendo nessa rua?

Mesa 2: Modelos de Gestão de Carnaval de Rua – 15h às 17h30 – AUDITÓRIO

Como gerir o crescimento do carnaval de rua. Os modelos de Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Salvador.

 

SÁBADO (07 DE OUTUBRO)

Mesa 3: As Redes Coletivas do Carnaval e Os Desafios dos Blocos – 14h às 16h – AUDITÓRIO

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As redes sociais, de criação e de trabalho do carnaval de rua em que artistas e coletivos se mobilizam para ocupar as ruas o ano inteiro. Oficinas, eventos e a força dos projetos culturais que se desdobram ao longo do ano.

Mesa 4: Economia Criativa e Desenvolvimento no Carnaval de Rua – 16h30 às 18h30 – AUDITÓRIO

Carnaval é uma das atividades de maior peso na economia criativa. São milhões de reais por ano, numa cadeia produtiva que envolve diversos setores. Como as cidades e a gestão púbica podem oferecer apoio a essa cadeia.

PROGRAMAÇÃO MUSICAL – PILOTIS MAR

Sexta-feira – 06/10

18h30 – DJ Doni

19h30 – Bloco Superbacana – Tributo a Gal e Rita Lee

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21h – Bloco 442

Sábado- 07/10

18h30 – DJ Cris Pantoja

19h30 – Roda de Samba com Sambotica e participação de Marina Iris

 

Rita Fernandes é jornalista, escritora, presidente da Sebastiana e pesquisadora de cultura e carnaval.

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