Crítica: Freud – A Última Sessão
✪✪✪✪ FREUD — A ÚLTIMA SESSÃO, de Mark St. Germain, com tradução de L.G. Bayão. Ateu convicto na juventude e cristão fervoroso a partir dos 31 anos, o escritor irlandês C.S. Lewis (1898-1963) viveu em Londres na mesma época que Sigmund Freud (1856-1939). A comédia do americano St. Germain promove um fictício e instigante encontro […]
✪✪✪✪ FREUD — A ÚLTIMA SESSÃO, de Mark St. Germain, com tradução de L.G. Bayão. Ateu convicto na juventude e cristão fervoroso a partir dos 31 anos, o escritor irlandês C.S. Lewis (1898-1963) viveu em Londres na mesma época que Sigmund Freud (1856-1939). A comédia do americano St. Germain promove um fictício e instigante encontro entre o autor da série de livros infantis As Crônicas de Nárnia e o pai da psicanálise, que chegou a descrever em seus estudos a fé em Deus como uma postura “incongruente com a realidade”. No palco, em 1939, Lewis (Leonardo Netto) e Freud (Helio Ribeiro) esgrimem palavras em diálogos bem construídos, plenos de reflexões e de humor. No funcional cenário de José Dias, o consultório do psicanalista serve de ringue. Sob a direção pouco invasiva de Ticiana Studart, Netto encarna um Lewis cioso de suas opiniões, mas respeitador, enquanto Ribeiro está impagável como um cínico Freud.