Crítica: Lima Barreto, ao Terceiro Dia
✪✪✪✪ LIMA BARRETO, AO TERCEIRO DIA, de Luis Alberto de Abreu. Montado em 1995 por Aderbal Freire-Filho, e de volta ao circuito sob direção de Luiz Antonio Pilar, o drama de Luis Alberto de Abreu tem um grande mérito: trata de uma figura real, o escritor Lima Barreto (1881-1922), sem apelar para a geralmente aborrecida sequência […]
✪✪✪✪ LIMA BARRETO, AO TERCEIRO DIA, de Luis Alberto de Abreu. Montado em 1995 por Aderbal Freire-Filho, e de volta ao circuito sob direção de Luiz Antonio Pilar, o drama de Luis Alberto de Abreu tem um grande mérito: trata de uma figura real, o escritor Lima Barreto (1881-1922), sem apelar para a geralmente aborrecida sequência de episódios que cobrem toda a vida do personagem. A ação atravessa três dias de Lima (Flavio Bauraqui), internado em um manicômio. Inicialmente, esse plano se alterna com outros dois: o da memória, onde o jovem autor (Nando Cunha) escreve Triste Fim de Policarpo Quaresma, e o da fantasia, no qual surgem personagens do livro. Aos poucos, habilmente, esses mundos se mesclam. No afinado elenco, os intérpretes do autor entregam boas performances, mas todos os atores, em maior ou menor grau, têm seus momentos de brilho.