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Marcelo Copello dá dicas sobre vinhos
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Chianti, um clássico da Itália em constante renovação

Com longa e rica história o clássico toscano não para de se reinventar

Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
17 Maio 2024, 05h00
Chianti, tinto toscano
 (shutterstock/Divulgação)
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Um dos vinhos mais tradicionais do mundo é também um dos que mais se renova. O Chianti, vinho italiano mais famoso no mundo, cujos anais remontam ao ano 1398, acaba de lançar mais uma novidade, a divisão da região em sub-zonas geográficas.17

Desde o início de sua história o Chianti foi um sucesso comercial, tanto que sua área geográfica, demarcada no ano 1716, se alargou ao longo dos ano. Produtores de vinho de áreas ao redor da original, começaram a chamar seus vinhos de Chianti, buscando pegar carona em sua fama. Este processo culminou com a separação da zona original. A partir de 1932 os vinhos produzidos na área demarcada em 1716 passaram a ser chamados de Chianti Classico, e os dos arredores, apenas de Chianti. Um pequeno detalhe que faz grande diferença na qualidade dos vinhos.

 

Outro movimento importante foi quando em 2014 foi criada a denominação “Chianti Classico Gran Selezione”, um nível acima do “Chianti Classico Riserva”, até então a categoria mais alta. Esta nova categoria foi um sucesso imediato de vendas, rivalizando em qualidade e preço, com o irmão toscano até então com maior prestígio, o Brunello di Montalcino

 

O sucesso do Gran Selezione foi tanto que a região está aprimorando ainda mais a categoria. Recentemente a legislação foi mudada, e nesta categoria o mínimo de uva sangioveses passa de 80% para 90% e o percentual restante passa a ser obrigatoriamente de castas locais, não sendo mais permitidas castas estrangeiras, com cabernet ou merlot.

 

O avanço mais recente, de meados de 2022, foi a subdivisão do Chianti Clássico em sub regiões. Esta é uma tendência mundial, especificar cada vez mais a origem geográfica dos vinhos. Isso vem acontecendo em vários países e regiões, que se inspiram na Borgonha, onde cada pequeno vinhedo é reconhecido com único, gerando os chamados “vinhos de terroir”, que exprimem sua origem. No Chianti Classico foram reconhecidas 11 sub-zonas, :

 

Castellina, Castelnuovo Berardenga, Gaiole, Greve, Lamole, Montefioralle, Panzano, Radda, San Casciano, San Donato in Poggio e Vagliagli. Chamados de UGA’s (Unità Geografiche Aggiuntive), estes nomes poderão constar dos rórulos nas próximas safras. No futuro ao invés de comprar um Chianti Classico, chamado localmente apenas de Classico, você poderá optar com um Lamole ou um Greve, que trarão na taça as peculiaridades de suas regiões.

 

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