“…as pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar ao aroma. Pois o aroma é um irmão da respiração. Com esta, ele penetra nas pessoas, elas não podem escapar-lhe caso queiram viver. E bem para dentro delas é que vai o aroma, diretamente para o coração, distinguindo lá categoricamente entre atração e menosprezo, nojo e prazer, amor e ódio. Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas”, Patrick Süskind em seu livro, “O Perfume”.
Em seu processo evolutivo, o homem abandonou o olfato, nosso sentido mudo”. Para Darwin, a perda da percepção olfativa fez parte desta evolução. Para Freud, desde que o homem passou a caminhar ereto, a visão tomou o lugar do olfato, pois nossos narizes se afastaram do chão enquanto nosso campo de vista aumentou. Assim, o declínio do olfato praticamente define a elevação do homem a “ser civilizado”. O olfato humano, sempre relegado ao segundo plano entre nossos sentidos, sempre foi tido como algo etéreo, impreciso, quase místico, um sentido menos racional.
Finalmente justiça foi feita à nossos narizes. O Howard Hughes Medical Institute (HHMI) dos Estados Unidos, publicou recentemente um estudo que muito interessa aos discípulos de BACO.
Ao contrário do que se pensava, os sere humanos não são capazes de perceber apenas 10 mil diferentes aromas. Cientistas do HHMI comprovaram que este número é imensamente maior, ultrapassando UM TRILHÃO de aromas!! A especialista Leslie Vosshall, PhD, realizou um experimento com voluntários, expostos a diversos aromas e combinações de aromas a partir de 128 substancias aromáticas.
Vejam a publicação completa: https://www.hhmi.org/news/humans-can-distinguish-least-one-trillion-different-odors
Sobre Marcelo Copello
site: www.marcelocopello.com