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Vinoteca

Por Marcelo Copello, jornalista e especialista em vinhos Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Marcelo Copello dá dicas sobre vinhos

Vinho e Frango, as muitas possibilidade de combinação e seus sabores

A ave mais consumida do planeta proporciona variadas possibilidade de combinação com vinhos

Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
19 jul 2024, 05h14
Coq-au-vin
 (Shutterstock/Divulgação)
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A culinária mundial oferece uma variedade de pratos clássicos feitos com aves, que ficam ainda melhores se combinados com o vinho certo. Galinha, galo, pato, marreco, codorna, peru, pombo, perdiz, faisão, proporcionam inúmeras preparações e sabores.

 

A diversidade é tanta que hoje vou me ater apenas a ave mais consumida no Brasil e no mundo, deixando as demais para futuros textos.

 

Para um simples frango assado, destes de padaria, que chamamos de “televisão de cachorro”, temperado geralmente apenas com sal, experimente um vinho branco de corpo médio e com boa acidez, como um chardonnay ou viognier, que pode ter algum amadurecimento em carvalho.

 

Ainda na padoca, se o pedido for uma “coxinha”, salgado preferência nacional, frito e crocante, o acompanhamento vínico ideal precisa de alta acidez, como um espumante brut.

 

Da padaria para o boteco, podemos pedir um “frango à passarinho”, que geralmente é frito e possui uma casquinha crocante, com um nível de sabor médio. Neste caso podemos optar por um branco refrescante, como um Vinho Verde.

 

Para o “galeto”, de carne jovem e macia, geralmente grelhado, a melhor opção seria um tinto jovem, de médio corpo e sem madeira, como um bonarda ou barbera.

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Se o frango for frito, em estilo KFC, com molhos bem temperados, devemos buscar vinhos de acidez e sabor altos, transitando entre um branco de acidez crocante, como um alvarinho português ou albariño espanhol, ou um tinto mais elétrico, como um sangiovese.

 

Para uma “galinha ao molho pardo”, prato típico mineiro, que leva o sangue da ave em seu preparo, o ideal é um tinto encorpado, como um malbec argentino, ou um tinto do Alentejo, com passagem por barrica.

 

Se o frango for cozido no vinho, no indefectível clássico francês “coq au vin”, busque um tinto leve, como um pinot noir ou beujolais, se possível sirva o mesmo vinho usado para cozinhar, ou semelhante.

 

Partindo para receitas orientais, nos deparamos com o “frango tandoori” e o “frango ao curry”. Para estes sabores com picância e doçura, voltamos aos brancos, que devem ser aromáticos e podem ter uma nota doce, como como um resling ou gewürztraminer alemães.

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Um prato clássico mexicano é o mole poblano, frango que leva chocolate e pimenta em seu molho. Para tal exotismo, eu iria para tinto zinfandel californiano ou um primitivo da Puglia, que normalmente tem acidez baixa, taninos macios e alguma doçura.

 

Há quem em uma churrascaria não dispense um espeto com coração de frango grelhado, um prato de sabor intenso e textura firme. Para este sugiro um tinto frutado, como um cabernet franc, grenache ou syrah.

 

Para encerrar que tal um paté de fígado de frango e um vinho doce, que pode ser um  do tipo late Harvest ou Sauternes?

 

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