Guia elege melhores vinhos da América do Sul; lançamento terá degustação
Descorchados 2024 confere pela primeira vez a nota máxima a dois vinhos argentinos, destaca brasileiros menos conhecidos e apresenta peruanos e bolivianos
O Descorchados 2024, que vem a ser a 26ª edição do mais importante guia de vinhos sul-americanos, será lançado no Rio nesta quinta (11), com direito a degustação de alguns dos melhores rótulos do continente, e um panorama atualizado nas páginas sobre a produção atual de vinhos em seis países: Argentina, Chile, Brasil, Uruguai, Peru e Bolívia. Nas quase três décadas de publicação, pela primeira vez o guia conferiu 100 pontos, a nota máxima, a um vinho – ou melhor, a dois tintos argentinos.
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Os ingressos para evento no terraço do shopping Village Mall, na Barra, que ocorre das 18h às 22h, estão sendo vendidos a R$ 250,00 no site da revista Adega. A caixa com os três volumes custa R$ 295,00. Mais de 50 vinícolas estarão presentes, oferecendo degustações.
Na edição de 2024 dos livros organizados por Patricio Tapia, jornalista e crítico chileno de vinhos, foram mais de 4.000 vinhos degustados pelo time de especialistas da publicação, abordando mais de 230 vinícolas argentinas, 210 chilenas, 35 uruguaias, 40 brasileiras, 20 peruanas e 5 bolivianas. Argentina e Chile ganham guias próprios, e o terceiro livro fala dos demais países.
Os dois vinhos que foram contemplados com 100 pontos, uma novidade no Descorchados, foram argentinos feitos com a uva malbec: Adrianna Vineyard Mundus Bacillus Terrae 2021, da Catena Zapata; e o Finca Piedra Infinita Supercal 2021, da bodega Zuccardi. Ambos têm a garrafa com preço em torno de R$ 3.000, se comprados nas importadoras.
Vale dizer, aos interessados em mergulhar no universo vinícola do Brasil e países vizinhos, que o Descorchados não á apenas um guia com vinhos e suas pontuações, mas há textos atualizados sobre cada lugar, assim como as características das diferentes regiões produtoras, as tendências e novidades do mercado, indicações das melhores relações preço-qualidade e outras informações sobre o “mercosul” dos vinhos.
No texto de abertura das páginas dedicadas ao vinho brasileiro, por exemplo, os autores chamam a atenção para o encontro do país com sua conhecida vocação para a produção de espumantes, e contam que a vinícola Casa Valduga pretende converter 98% de sua produção em vinhos borbulhantes nos próximos 20 anos. A seleção de rótulos e produtores nacionais privilegia casas menores e menos conhecidas do grande público, que não pretendem fazer vinhos para imitar os chilenos e argentinos de sucesso do mercado, respeitando a clima da Serra Gaúcha e adjacências, favorável a vinhos mais diretos, leves e frutados. O potencial da uva cabernet franc em produções brasileiras recentes ganha destaque no texto de apresentação.
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Em relação ao Chile, onde os vinhos orgânicos, de baixa intervenção e os chamados “naturais” invadiram nos últimos anos a publicação, surge a tendência correlata da produção utilizando vinhas velhas, e o “renascimento” de uvas como a garnacha, reinterpretada em rótulos de destaque. Para quem está de passagem comprada e se interessa por vinhos, o Descorchados é um excelente companheiro de viagem. Para quem não pretende viajar agora, um enorme incentivo para a compra de passagens.
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