Campanha estadual convoca população a combater Aedes aegypti

Uma lista de cuidados para impedir a procriação do mosquito foi lançada nesta terça (8) pelo governo do estado para mobilizar a população e evitar o aumento dos casos de dengue, vírus Zika e chikungunya nos próximos meses

Por Agência Brasil
Atualizado em 5 dez 2016, 11h37 - Publicado em 8 dez 2015, 13h13
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aedes-aegypti-dengue.jpg (Redação Veja rio/)
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Uma lista de cuidados para impedir a procriação do Aedes aegypti foi lançada nesta terça (8) pelo governo do estado do Rio de Janeiro, para mobilizar a população e evitar o aumento do número de casos de dengue, vírus Zika e chikungunya nos próximos meses. A campanha Dez Minutos Salvam Vidas tem o apoio do Ministério da Saúde e pede que as pessoas usem esse tempo uma vez por semana para garantir que não haja focos do mosquitos em suas casas.

No Rio de Janeiro, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou que enfrentar o problema da microcefalia, relacionada ao Zika vírus, é a prioridade do Brasil no momento. “Não faltarão recursos, porque esse é o problema número um do Brasil hoje. Você pode olhar para um lado e para o outro e não vai encontrar um problema mais grave que a microcefalia”, disse o ministro, que acrescentou: “Tem que ser atacado com todas as energias e todas as forças”.

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Castro destacou ainda que é preciso combater os criadouros dos mosquito antes de fevereiro, mês em que a procriação do Aedes aegypti aumenta. “A gente tem que destruir os criadouros e colocar larvicida nos criadouros que a gente não consegue destruir”, disse ele, ao lembrar a importânica da ajuda da população no combate, já que as tecnologias em desenvolvimento contra o mosquito – como o Aedes genticamente modificado, a vacina da dengue e uma futura vacina de zika – não estarão disponíveis no curto prazo.

A dengue, o vírus Zika e a chikungunya são transmitidos pela picada do mosquito Aedes aegypti. O mosquito tem hábito diurno, costuma ficar em lugares escuros, como embaixo de mesas, e ataca principalmente nos pés e extremidades do corpo. Para as grávidas, a recomendação do ministro é que usem calça, sapatos fechados e repelente. “Grávidas têm que se proteger de todas as maneiras. Fazer todo o possível para não entrar em contato com o mosquito”.

Na campanha, o governo pede que a população fique atenta e impeça a formação de focos de reprodução do mosquito, que precisa de água parada para que suas larvas se desenvolvam. Por isso, a campanha reforça a necessidade de verificar se caixas d’água, tonéis, galões e barris estão vedados, se os pneus estão sem água e em lugares cobertos, se baldes estão virados para baixo, se os ralos estão limpos e com telas, se não há poças em lonas de cobertura, se bromélias e outras plantas estão acumulando água e outros cuidados similares.

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A campanha vai ser veículada em rádios, TVs e redes sociais. O secretário estadual de saúde, Felipe Peixoto, disse que haverá uma reunião hoje à tarde para mobilizar as outras secretarias estaduais.

Entre as ações do governo do estado no âmbito da campanha está a doação de 170 carros para reforçar a frota dos municípios no combate às endemias. Dependendo do número de habitantes, as cidades poderão ser contempladas com mais de um veículo, até o limite de três carros para as mais populosas.

O boletim mais recente sobre a dengue no estado do Rio de Janeiro indica que foram registrados 61.820 casos suspeitos da doença até 2 de dezembro, com 20 óbitos confirmados.

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Sobre o vírus Zika, o estado informa que desde 18 de novembro foram registrados 150 casos suspeitos em gestantes, mas apenas uma teve a confirmação do diagnóstico. A doença é mais preocupante em grávidas por estar relacionada à incidência de microcefalia em bebês. De janeiro ao início de dezembro, o estado do Rio registrou 23 casos de microcefalia, e, em oito deles, foi relatado o histórico de manchas vermelhas pelo corpo da mãe ao longo da gravidez.

Já o chikungunya teve quatro casos confirmados no estado, mas todos eles foram registrados em pessoas com histórico de viagem para a Bahia ou para outros países. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, não há evidências, até o momento, de que o vírus esteja circulando no estado.

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