Em Kingsman, Colin Firth protagoniza trama politicamente incorreta
Com filmes como Kick-Ass no currículo, Matthew Vaughn traz efervescência de Tarantino para longa sobre espionagem
AVALIAÇÃO ✪✪✪
Ainda é possível fazer um filme sobre espiões depois de tantas aventuras com James Bond, além das paródias do gênero? Sim, essa estreia mostra que há vida inteligente no planeta 007. Para embarcar na façanha do diretor e roteirista Matthew Vaughn é preciso encarar a trama como a fantasia violenta que é, sem limite de imaginação e politicamente incorreta – e isso só conta pontos a favor. A história gira em torno de uma liga secreta inglesa chamada Kingsman, na qual homens e mulheres são treinados para matar ou morrer em nome da pátria. Quando um dos integrantes é assassinado, o grupo se reúne para encontrar um substituto. Harry Hart (Colin Firth) indica o jovem Eggsy (Taron Egerton), o desajustado filho de um colega morto numa missão na década de 90. Ao mesmo tempo, um vilão de língua presa (interpretado com galhofa por Samuel L. Jackson) pretende dar um “jeitinho” na humanidade usando o celular num plano maquiavélico. Vaughn, produtor dos primeiros longas de Guy Ritchie (Snatch) e realizador de Kick-Ass e X-Men: Primeira Classe, não brinca em serviço. Além das referências ao cinema do “mentor” Ritchie, traz a efervescência da filmografia de Tarantino e o humor sem noção do seriado Agente 86. A combinação dá certo, sobretudo pela maneira livre, leve e solta com que os protagonistas Firth e Egerton dividem a ação e se empenham em divertir a plateia. Direção: Matthew Vaughn (Kingsman: The Secret Service, Inglaterra, 2014, 129min). 16 anos. Estreou em 5/3/2015.
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