Sri Prem Baba fala sobre os benefícios do silêncio
Fundador do movimento Awaken Love, o mestre espiritual estará no Rio na terça (12), a convite de VEJA RIO, para bate-papo na Barra
Autor do livro Propósito: a Coragem de Ser Quem Somos, com mais de 140 000 exemplares vendidos no Brasil, Sri Prem Baba foi o primeiro brasileiro a comandar um ashram, uma espécie de monastério, na Índia. Fundador do movimento Awaken Love, presente em dezoito países, o mestre espiritual estará na capital na terça (12), a convite de VEJA RIO, para participar de um bate-papo na Cidade das Artes. Antes, ele falou a esta coluna.
O senhor lançou o movimento Just 1 Minute para incentivar o exercício do silêncio. Como isso pode ser benéfico?
Esse é o ponto zero do nosso processo de autoconhecimento e transformação. Precisamos nos dissociar da nossa mente e do fluxo de pensamentos que nos dominam para encontrar nosso propósito.
Por que é tão importante encontrar tal propósito?
A falta de objetivo é uma das principais raízes do sofrimento humano. Quando não sabemos o nosso lugar no mundo, é natural que passemos a buscar o lugar do outro. Aí nascem as disputas, as competições, os sentimentos ruins e uma série de situações negativas.
Por que esse processo é tão complexo?
Porque a gente se apega a uma estrutura, um modelo de vida, uma zona de conforto. Tem gente que já está cansada do trabalho há muito tempo, mas não faz nada porque teme abrir mão daquela relativa segurança.
Mas, na maioria das vezes, não se trata apenas de uma relativa segurança. Existem compromissos práticos, filhos para criar, contas a pagar…
É verdade, mas essa reforma pessoal pode ser sutil. Nem sempre é preciso um ano sabático para encontrar o seu propósito. Às vezes é só se desapegar de certas estruturas, padrões e crenças, que surge um horizonte, um caminho.
Depois de propósito, qual será a próxima palavra em voga?
Transição. Existe a necessidade de uma mudança no nosso sistema de educação, na política, na economia, na saúde. Esses setores, que regem a vida em sociedade, estão em crise porque se baseiam na crença de que a felicidade está lá fora e pode ser comprada, e sabemos que isso não está funcionando.
