Veja qual trilha do Parque Nacional da Tijuca é mais indicada para você

No aniversário de 60 anos deste gigantesco cartão-postal carioca, listamos caminhos com diferentes níveis de dificuldade

Por Renata Magalhães
4 ago 2021, 15h41
Foto mostra vista do Corcovado
Floresta da Tijuca: trilhas vão de nível fácil a difícil (Alexandre Macieira/Riotur)
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Ainda hoje, é possível identificar pés de café, construções e ruínas das antigas fazendas que por lá existiam durante o Segundo Reinado. É que tamanha formosura fez com que Dom Pedro II iniciasse um processo de desapropriação em meados do século XIX, com o objetivo de promover o reflorestamento e permitir a regeneração natural da vegetação.

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Agora, os quase quarenta quilômetros quadrados que compõem o Parque Nacional da Tijuca fazem dele a maior floresta urbana replantada pelo homem. Nesta área, concentram-se três dos maiores pontos turísticos da cidade: Cristo Redentor, Vista Chinesa e Pedra Bonita.

Isso sem contar as mais de 200 espécies de aves e outros animais que ali vivem, representando toda a diversidade da fauna brasileira. Na semana do aniversário de 60 anos deste magnífico cartão-postal do Rio, celebrado em 6 de julho, biólogos comemoraram o retorno de macacos bugios ao local, desaparecidos há mais de 200 anos do local.

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Depois de ter ficado fechado por três meses no ano passado, devido às restrições da pandemia, o espaço passou a ser ainda mais visitado por quem passou a dar preferência por atividades ao ar livre. E já deu para perceber que o passeio compensa.

A pedido de Veja Rio, o monitor ambiental Dirlei Silva listou trilhas em diferentes graus de dificuldade para quem quer conhecer mais de perto este local cheio de ar puro e história ou praticar exercício em um belíssimo cenário.

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Foto mostra pessoas na trilha
Trilhas: setores da floresta tem funcionamento das 8h às 17h (Alexandre Macieira/Riotur)

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LEVES

Trilha dos Estudantes x Centro de Visitantes

Onde: setor Floresta, no Alto da Boa Vista.
Extensão: 1,2 quilômetros.
Duração: média de 60 minutos.

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Laboratório vivo, foram autorizadas cerca de 70 pesquisas no parque em 2021. Apesar de ser o menor de todos de sua categoria, está entre as dez unidades de conservação federal mais pesquisadas de todo o país. Por isso, a trilha leva este nome em homenagem aos diversos estudantes que a frequentam. Dentre os atrativos, estão a cascatinha Taunay com seus trinta metros de queda d’água e a trilha dos bancos construídos na gestão de Castro Maya, com restos de azulejos de antigas fazendas do período imperial do Brasil.

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Caminho dos Artistas

Onde: setor Floresta, no Alto da Boa Vista.
Extensão: 3,1 quilômetros.
Duração: média de 90 minutos.

Com começo no Centro de Visitantes, a trilha passa pela Capela Mayrink, construída em 1850 como parte integrante da Fazenda Bela Vista. Dali, chega-se até o Morro do Visconde e é possível seguir até o Mirante da Cascatinha – que atualmente está interditado para passar por reformas estruturais. O fim da caminhada culmina no recanto dos Pintores, que recebe este nome por ser um local onde diversos pintores inspiraram-se para compor suas aquarelas.

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MÉDIAS

Circuito das Grutas

Onde: setor Floresta, no Alto da Boa Vista.
Extensão: 2,4 quilômetros.
Duração: média de 3 horas.

Esta trilha pode ser iniciada por um acesso próximo ao restaurante A Floresta. O caminho leva a um conjunto de quatro grutas dentro do parque, com destaque para a Gruta dos Morcegos, considerada a segunda maior da rocha gnaisse no Brasil: ela mede quase vinte metros de altura, oito de largura e 100 de comprimento. A Gruta do Belmiro também diverte os visitantes, pois permite a entrada por um lado e a saída pelo outro.

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Pico da Tijuca

Onde: setor Floresta, no Alto da Boa Vista.
Extensão: 2,4 quilômetros.
Duração: média de 5 horas.

A partir dela, chega-se ao segundo ponto mais alto do município do Rio de Janeiro: o pico da Tijuca, com seus 1.021 de metros de altura e uma visão 360° da capital. Na parte final da trilha, há uma escadaria famosa, com seus 117 degraus esculpidos na própria rocha, lá na década de 1920. O início se dá pelo largo do Bom Retiro, que é também partida para diversas outras trilhas dessa região do parque.

Foto mostra paisagem com vista para a Pedra da Gávea
Vista para Pedra da Gávea: trilha tem um nível de dificuldade mais elevado (Alexandre Macieira/Riotur)
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PESADAS

Pedra da Gávea

Onde: setor Pedra Bonita e Gávea.
Extensão: 3,7 quilômetros.
Duração: média de 6 horas.

Mais famosa, é também uma das trilhas mais desafiadoras. Da portaria de entrada, que fica na região do Itanhangá, até o cume, são quase 4 km de caminhada, com diversos trechos muito íngremes. O visitante que encarar este desafio conhecerá o maior monólito à beira mar do mundo, com 844 metros de altura. Alguns trechos são praticamente uma escalada na pedra, por isso a recomendação é usar equipamento de segurança e ir acompanhado por quem já saiba o caminho.

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Parque Lage x Corcovado

Onde: setor Serra da Carioca.
Extensão: 4,8 quilômetros.
Duração: média de 5 horas.

O início desta trilha é pelo Parque Lage, no Jardim Botânico, e o visitante deve esperar por trechos bastante íngremes e cansativos. No meio do caminho, é possível fazer uma parada no Centro de Visitante Paineiras, onde dá para ir ao banheiro, lanchar e visitar a exposição Floresta Protetora, que é permanente neste local e tem uma maquete gigante de todo o Parque Nacional da Tijuca. Ao seguir de volta pela mata, o visitante chegará na bilheteria do trem que fica no alto do Corcovado e poderá ter acesso ao monumento do Cristo Redentor.

Horário de funcionamento: todos os dias, das 8h às 17h.

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