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Em busca de qualidade de vida, jovens apostam na medicina preventiva

Da crioterapia à meditação, passando por novos hábitos alimentares, o que importa é construir um futuro saudável

Por Luiza Maia
1 ago 2025, 06h52
yoga
Yoga: um dos protocolos de longevidade adotados por jovens (Kike Vega/Unsplash/Reprodução)
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O lazer estritamente ligado a noitada e bebida alcoólica ficou em segundo plano quando a profissional de comunicação Líbia Vignoli, mora­ dora de Vila Isabel, na Zona Norte, decidiu revolucionar seus hábitos. Em 2021, durante a pandemia da Covid-19 e prestes a completar 28 anos, a jovem enfrentou problemas de saúde que a fizeram repensar profundamente o estilo de vida.

“Percebi que não dava para ter uma boa noite de sono, comer bem e me exercitar depois de uma madruga­da de excessos”, relata ela, hoje com 32 anos. Ao abandonar a boe­mia, Líbia passou a frequentar a academia regularmente, deixou de lado as dietas da moda e passou a contar com acompanhamento nutricional. Para dormir melhor, re­correu à aromaterapia, usando óle­os essenciais.

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“Me sinto muito mais disposta agora. Tem gente que diz ‘só se vive uma vez’, mas eu penso o contrário, só se morre uma vez. Cuidar da saúde é pensar no futu­ro”, afirma, refletindo a tendência crescente entre jovens adultos, que vêm optando por práticas saudá­veis e abordagens preventivas com foco no envelhecimento ativo.

A combinação entre alimentação equilibrada e atividade física regular é um dos caminhos eficazes para viver mais. Segundo a Organi­zação Mundial da Saúde (OMS), cerca de cinco milhões de mortes poderiam ser evitadas anualmente com uma rotina ativa.

Mãe de gê­meos de 5 anos, a arquiteta Aman­da Crespo, 39 anos, buscou a medi­cina preventiva para ter mais disposição para cuidar dos filhos, alcançar um peso saudável e me­lhorar o desempenho no beach ten­nis. Ao seguir um protocolo pensa­do para ela, a carioca perdeu 8 quilos no último ano, além de notar grandes avanços no convívio fami­liar.

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“Estou mais paciente com as crianças e o relacionamento com a minha mulher está bem saudável”, avalia. A transformação aconteceu com o suporte de Silvia Lagrotta, especialista em medicina do estilo de vida, que desenvolve programas personalizados de longevidade. A investigação considera exames la­boratoriais, fatores genéticos, ambientais e necessidades específicas dos pacientes. “Não são soluções rápidas ou milagrosas, mas um pro­cesso cuidadoso e individual, que engloba nutrição, sono, exercícios, saúde mental e, principalmente, co­nexões sociais”, destaca Silvia.

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A alimentação é uma das princi­pais preocupações quando se fala em vida longa – e com razão. Doen­ças cardiovasculares, câncer e diabetes lideram as estatísticas de mortalidade no mundo e estão frequentemente associadas a hábitos inadequados à mesa. Entre as primeiras mudanças indicadas pela médica aos pacientes está o aumento do consumo de fibras. Outra estratégia recomendada por profissionais é o jejum intermitente. “Estudos mostram que ele ativa a autofagia, processo que ajuda o corpo a eliminar toxinas, renovar estruturas e prevenir doenças”, explica o clínico-geral e endocrinologista Fabiano Serfaty, especialista em longevidade.

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Ele recomenda, no entanto, que o jejum seja feito com acompanhamento. “Comer só quando se tem fome é um bom começo”, salienta.

Dentro do universo de práticas voltadas ao bem-estar, a crioterapia — técnica que expõe o corpo a temperaturas extremamente baixas por curtos períodos — vem conquistando quem já é ativo. “O frio estimula o sistema imunológico”, diz a fisioterapeuta Jackeline Figueiredo.

Cuidar da mente também é primordial para quem busca uma vida longeva. A meditação, por exemplo, é recomendada para reduzir o estresse — fator associado ao agravamento de diversos distúrbios físicos e emocionais.

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“A prática ensina que nem tudo se resolve de forma imediata. Reencontrar esse tempo mais lento traz leveza ao corpo e clareza à mente”, afirma Rafael Ramos, fundador da escola Meditação Ipanema.

Segundo o instrutor, o número de matrículas de pessoas de até 40 anos tem crescido, impulsionado pela sobrecarga de estímulos das tecnologias. O uso excessivo do celular, especialmente das redes sociais, pode intensificar quadros de ansiedade e incentivar comparações prejudiciais, que impactam desde a autoestima até suplementação sem orientação.

Na contramão desse movimento, a publicitária Gabriela Flores, de 24 anos, correu atrás de um estilo de uma rotina livre de neuras.

“Vivi o sedentarismo, passei por um distúrbio alimentar e já exagerei nos treinos. Hoje, meu foco é ter um corpo funcional, sem me comparar aos outros”, diz Gabi, que compartilha pelo Instagram (@gabimflores) suas experiências com corrida, natação e yoga. A regra é simples: para viver mais, é preciso movimentar-se.

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Novos hábitos: em busca de saúde mental e física, Gabi Flores e Líbia Vignoli ‘resetaram’ a rotina para viver melhor (./Arquivo pessoal)
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DE OLHO NO FUTURO
Especialistas dão dicas que podem ajudar a prolongar a expectativa de vida

FIBRAS E ANTIOXIDANTES
Uma alimentação equilibrada ajuda a prevenir doenças crônicas.

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JEJUM INTERMITENTE
Pode ajudar a controlar a glicemia e a reduzir inflamações.

MEDITAÇÃO E RESPIRAÇÃO
Ajudam a controlar o estresse, melhor com o sono e a saúde emocional.

SONO DE QUALIDADE
Dormir bem é vital para a recuperação do corpo, o equilíbrio hormonal.

VIDA SOCIAL ATIVA
Manter vínculos afetivos e conexões sociais fortalece a saúde mental.

SUPLEMENTAÇÃO
Vitaminas e minerais, probióticos e colágeno podem ser úteis.

CRIOTERAPIA
Tem efeitos anti-inflamatórios e ajuda na recuperação muscular.

crioterapia
Crioterapia: mergulhar no frio por pouco tempo pode melhorar o sistema imunológico (./Divulgação)
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