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Guilherme Ferretti

Por Guilherme Ferretti, médico e cirurgião plástico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Saúde, Beleza, Autoestima, Estética, Pós-Bariátrica e Qualidade de vida

Cinco dúvidas sobre cirurgia plástica em adolescentes

A procura por procedimentos estéticos em jovens no Brasil aumentou nos últimos anos em decorrência da pressão estética e das redes sociais

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Atualizado em 13 mar 2025, 13h40 - Publicado em 13 mar 2025, 13h40
A otoplastia, que corrige o formato das orelhas, é bastante recorrente na faixa etária até 18 anos
A otoplastia, que corrige o formato das orelhas, é bastante recorrente na faixa etária até 18 anos (Reprodução/Divulgação)
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Apesar de ser normalmente mais comum em adultos, a cirurgia plástica em adolescentes também tem grande incidência no Brasil. Embora as pesquisas não sejam tão recentes, é possível observar um crescimento significativo pelos números já divulgados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Entre 2008 e 2012, foi registrado um aumento de 141% nas cirurgias em pacientes de 14 a 18 anos, com um salto de 37.740 procedimentos para 91.100, o que representava, naquele período, 10% do total de cirurgias realizadas no país. A título de comparação, nos Estados Unidos, em 2018, foram contabilizadas 66 mil cirurgias em pacientes de mesma faixa etária.

Os números pós-pandemia certamente mudaram. As redes sociais e a exposição excessiva a telas, selfies e filtros têm sido apontadas por psicólogos e médicos como um dos motivos que impactam o desejo de um jovem fazer uma cirurgia plástica. O fato é que esta decisão envolve vários fatores, desde as redes sociais, passando pela vida propriamente social até questões de autoestima e pressão por padrões estéticos. Mais do que em um adulto, o diálogo é fundamental em relação ao tema para que se compreenda a real motivação e também se o jovem está apto quanto às condições clínicas a se submeter a uma cirurgia estética, muitas vezes reparadora, nesta fase.

Abaixo, listei as principais dúvidas sobre o tema e o que é importante considerar se você é adolescente ou se você é pai ou mãe de um jovem que queira fazer algum procedimento.

Precisa de autorização? Sim. Como em qualquer procedimento cirúrgico, os menores de 18 anos precisam de autorização formal dos responsáveis para fazerem cirurgia plástica. É importante compreender que se trata de uma decisão que pode trazer benefícios estéticos, sim, mas que envolve também possíveis riscos e por isso deve ser tomada com cautela e segurança. Para começar, procure um médico experiente e qualificado que seja integrante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

De onde deve partir o desejo de fazer a cirurgia? O jovem deve demonstrar uma maturidade emocional e entender os limites e expectativas do procedimento. Isso pode ser analisado na consulta e numa boa conversa com o médico e os pais. É importante que o desejo deva partir do próprio jovem e ser expresso por ele. Infelizmente, há alguns poucos casos em que os pais tentam convencer o adolescente de que ele precisa “corrigir” algo que, na verdade, nem o incomoda.

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Quais são as cirurgias mais procuradas por adolescentes? Entre as mais comuns nesta fase está a rinoplastia, para correção no nariz. A otoplastia, que corrige o formato das orelhas, em especial para corrigir a condição popularmente chamada de orelha de abano, também é bastante recorrente nesta faixa etária. A mamoplastia, seja ela de aumento ou redução, também é procurada nesta fase e o ideal é que seja feita após o desenvolvimento completo dos seios. A lipoaspiração também é procurada por jovens, embora existam restrições. Já na infância, as cirurgias mais comuns são correção da fenda palatina, que costuma ser feita já no primeiro ano de vida, e otoplastia.

Como lidar com as expectativas dos adolescentes? É fundamental ser realista a respeito da expectativa dos resultados, ou seja, do que é possível alcançar com a cirurgia plástica naquele indivíduo. O adolescente precisa ter clareza dos limites da cirurgia e da transformação que será gerada a partir dela para que não haja surpresas ou insatisfação após o procedimento.

A cirurgia plástica pode atrapalhar o desenvolvimento? Não se deve realizar procedimento cirúrgico em uma parte do corpo que ainda esteja em crescimento, não porque atrapalharia o desenvolvimento, mas porque pode afetar o resultado final da cirurgia, que pode vir a ser modificado com o crescimento natural daquele jovem. Por isso, recomenda-se, por exemplo, a rinoplastia após os 15 anos.

Guilherme Ferretti é médico e cirurgião plástico no Rio de Janeiro. Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Atua na cirurgia de contorno corporal, estética, reparadora e lesões de pele e tem mais de uma década de experiência na especialidade da cirurgia plástica reparadora pós-bariátrica. Siga: Instagram e Canal Youtube

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