Jean Wyllys repercute nas redes sociais recomendação para suspender seu mandato

Em sua conta no Instagram, o deputado do PSOL (RJ) se defendeu da recomendação de Ricardo Izar para ficar 120 dias afastado do cargo

Por Redação VEJA RIO
Atualizado em 2 jan 2017, 20h39 - Publicado em 14 dez 2016, 16h14
Jean Wyllys
Jean Wyllys (Wilson Dias/ Agências Brasil/)
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O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) tem usado as redes sociais para se defender da recomendação de suspensão de seu mandato por 120 dias. Quem defende o afastamento de Wyllys do cargo é o deputado Ricardo Izar (PP-SP), relator do processo por quebra de decoro parlamentar por Wyllys ter cuspido em Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Izar fez a defesa da recomendação nesta terça (13), no Conselho de Ética da Câmara. Em seu relatório, Izar afirma que o Parlamento não admite este tipo de infração e que a cusparada “macula a honra objetiva” da Câmara.

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Jean Wyllys instagram

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No parecer, Izar usou trechos das representações contra Wyllys, que diziam que a cusparada do “Big Brother Deputado” era um comportamento que não era admitido nem no programa de TV em que o parlamentar ficou conhecido nacionalmente.

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Além do partido de Wyllys, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o deputado do PSOL. “Certamente o deputado Jean Wyllys errou, mas isso não nos faz cometer outro erro”, disse durante a votação dos destaques da Medida Provisória que reformula o Ensino Médio.

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Confira o desabafo postado por Wyllys (@jeanwyllys_real) há 15 horas nas redes sociais:

Jean Wyllys instagram

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Eu não estou citado na Lava-Jato.

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Eu não recebi dinheiro da Odebrecht.

Nem da OAS.

Nem de nenhuma empreiteira. 

Nem dos bancos.

Nem dos planos de saúde.

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Nem do agronegócio.

Nem nada disso.

Nunca recebi propina.

Não tenho contas na Suíça.

Não sou milionário.

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Não enriqueci no mandato.

Levo uma vida normal.

Sem luxos.

Ando na rua.

Sou o mesmo de sempre.

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Não mudei de lado.

Nunca fui aliado de Cunha.

Aliás, enfrentei Cunha desde o primeiro dia.

Fui contra o golpe.

Mesmo sendo oposição ao governo Dilma.

Sempre defendi a democracia.

Nunca votei contra os trabalhadores.

Nunca votei contra a educação pública.

Nunca votei contra a saúde pública.

Nunca votei contra os direitos humanos.

Nunca fui acusado de cometer nenhum crime.

Não menti na campanha.

Meus projetos são os que defendi quando era candidato.

Meus votos são coerentes com o que eu sempre disse que faria.

Não traí.

Não me vendi.

Você pode concordar ou não comigo.

A democracia é isso.

Mas eu sou honesto.

Nunca agi com violência.

Não insulto os outros.Só recebo insultos.

Deles, dos que têm ódio no coração.

Por veado.

Defendo ideias.

Não faço parte do lado deles.

Nunca fiz parte.

Eles me odeiam por isso.

E por veado.

Essa é a verdade.

Eu não sou deputado. 

Estou deputado.

Sou professor.

Jornalista.

Escritor.

Ativista.

Estou deputado pelo voto popular.

Porque 144.770 pessoas votaram em mim.

Eu respondo a essas pessoas.

Se suspenderem meu mandato, estão calando toda essa gente.

Vocês não gostam da democracia.

Mas toda essa gente gosta.

E muita mais.

Pode crer.

Boa noite.

 
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